Browsing by Author "Fernandes, Sofia"
Now showing 1 - 3 of 3
Results Per Page
Sort Options
- Causas de incêndios florestais em Portugal continental. Análise estatística da investigação efetuada no último quindénio (1996 a 2010)Publication . Lourenço, Luciano; Fernandes, Sofia; Bento-Gonçalves, António; Meira Castro, Ana C.; Nunes, Adélia; Vieira, AntónioAo longo dos últimos anos, Portugal não tem conseguido travar os incêndios florestais, tanto no que diz respeito número de ocorrências como no que se refere à dimensão das áreas ardidas, sobretudo durante o período estival, quando dominam temperaturas elevadas e a dessecação dos combustíveis gera um ambiente propício à propagação dos incêndios, cuja ignição, em mais de 90% dos casos, tem origem em atos humanos, negligentes e intencionais. Com o objetivo de melhor compreender a origem destes incêndios florestais, o presente estudo visa analisar as causas responsáveis pela ignição dos incêndios florestais em Portugal e acompanhar o modo como elas foram evoluindo, quer ao longo do tempo, quer em termos da sua distribuição espacial, no período compreendido entre 1996 e 2010.
- Duas décadas de investigação das causas de incêndios florestais em Portugal continentalPublication . Fernandes, Sofia; Meira Castro, Ana C.; Lourenço, LucianoNuma sociedade em que os incêndios florestais constituem uma das principais manifestações de risco, o conhecimento das causas que lhes estão subjacentes é, no nosso entender, um conhecimento imprescindível para a delineação correta de estratégias preventivas e mitigadoras, como também, para a formação de cidadãos mais conscientes. Em Portugal Continental temos assistido a uma aposta crescente na determinação das fontes de ignição responsáveis pelos incêndios florestais que, desde 2006, é da estrita competência da Guarda Nacional Republicana (GNR). Essa determinação é fruto de uma minuciosa investigação que tem por base o método de evidências físicas, com base no qual os agentes procuram reconstituir o percurso do incêndio, a partir da avaliação dos padrões de comportamento do fogo, procurando localizar o respetivo ponto de início, o que nem sempre é fácil. De entre as fontes de ignição que estiveram na origem dos incêndios florestais ocorridos no território português, pretendem-se analisar aquelas que foram investigadas durante o período de 1996 a 2015, bem como a sua distribuição espacial e, ainda, a importância relativa que assumem em cada um dos distritos. Para a realização deste estudo, começámos por compilar os dados relativos aos incêndios florestais registados no período de 1996 a 2015, disponibilizados pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas. Depois de reunidos, procedemos à respetiva análise, tendo-se começado por agrupar as ocorrências em função dos tipos de causa, considerando como: (i) atos negligentes, as causas identificadas como uso do fogo, acidentais e estruturais; (ii) atos intencionais, as causas classificadas como incendiarismo; (iii) naturais, as causas associadas às descargas elétricas com origem em trovoadas; (iv) desconhecidas, as causas cuja investigação foi inconclusiva; e (v) reacendimentos, embora não sejam uma causa inicial, mas pelas graves consequências que costumam acarretar, também merecem ser incluídos. Os resultados obtidos mostram que, nas últimas duas décadas, tem havido uma tendência crescente no número de incêndios florestais alvo de investigação, com particular ênfase, a partir de 2011, ano a partir do qual mais de 60% das situações ocorridas têm sido investigadas. Contudo, a nível nacional, o valor percentual que essas investigações assumiram nos últimos 20 anos é relativamente baixo, correspondendo apenas a 27,5% do total das ignições registadas. Das 131 167 ignições investigadas, 59% das causas que foram apuradas corresponderam a atos negligentes, tendo assumido um papel de destaque no distrito da Guarda onde, das 7 067 ocorrências investigadas nesse distrito, mais de metade (3 817, ou seja, 54%) resultaram de atos negligentes. Em contrapartida, no distrito de Viana do Castelo, ressaltou a importância dos atos intencionais, já que do total de ocorrências investigadas (11 558), 42% delas foram intencionais. Apesar do número de ignições investigadas ter sido relativamente baixo (27,5%), isso não significa que a área ardida resultante destas ignições seja negligenciável, uma vez que o seu valor percentual é muito significativo, pois corresponde a 63% da superfície total afetada pelos incêndios (2 405 177 ha). Deste modo, a realização deste estudo permite retirar conclusões sobre a incidência regional dos diferentes tipos de causa, que podem ter vários tipos de aplicações práticas. Ora, sendo predominantemente negligente na maior parte dos distritos, desde logo se justificará o desenvolvimento de programas educativos e, ao mesmo tempo, também programas especiais, em função das causas identificadas, dirigidos aos públicos-alvo específicos que são os causadores desses incêndios.
- Forest fires occurrences and burned area in mainland Portugal: preliminary assessment to a fifteen years periodPublication . Meira Castro, Ana C.; Bento-Gonçalves, António; Vieira, António; Lourenço, Luciano; Fernandes, Sofia; Nunes, AdéliaPortugal, as well as the Mediterranean basin, is favorable to the occurrence of forest fires. In this work a statistical analysis was carried out based on the official information, considering the forest fires occurrences and the corresponding burned area for each of the districts of the mainland Portugal, between 1996 and 2010. Concerning to the forest fires occurrence it was possible to identify three main regions in mainland Portugal, while the burned area can be characterized in two main regions. Associations between districts and years are different in the two approaches. The results obtained provide a synthetic analysis of the phenomenon of forest fires in continental Portugal, based on all the official information available to date.