Browsing by Author "CAMPOS, GUILHERME AFONSO"
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- Análise e melhoria do processo de evacuação de um centro desportivo de alto rendimentoPublication . CAMPOS, GUILHERME AFONSO; Ferreira, Luís Carlos Ramos Nunes PintoA presente dissertação procurou analisar e propor melhorias no processo de evacuação num Centro Desportivo de Alto Rendimento em Portugal, considerando diferentes cenários de ocupação. Na abordagem teórica associada ao tema em questão, destacou-se a importância da indústria na gestão de infraestruturas desportivas, bem como o papel relevante da simulação computacional na análise de evacuações e respetivo enquadramento legal aplicável em território nacional. A componente prática teve como objetivo principal a avaliação dos tempos de evacuação dos ocupantes (público) no Centro de Alto Rendimento (CAR) de Anadia, procurando recriar cenários realistas de eventos desportivos realizados nas instalações, nomeadamente competições de ginástica, esgrima e judo, bem como provas de ciclismo de pista. Para além disso, procurou-se analisar o formato de evacuação quando ocupados os quartos disponíveis para estadia dos atletas, identificando e analisando de forma detalhada e exaustiva potenciais estrangulamentos e pontos a melhorar. Através das simulações efetuadas, e dos 14 cenários criados, os resultados providenciaram uma visão abrangente dos principais fatores que condicionam a evacuação, salientando a importância das características físicas do edifício, tais como a distribuição das saídas e a própria geometria interna. A partir desta dissertação, conclui-se que o tempo necessário para a evacuação total do pavilhão, em condições normais de acesso, no que concerne à assistência em provas de ginástica, judo e esgrima (Cenário 1) apresenta o valor de 285,53 segundos. O Cenário 4, respeitante às bancadas presentes no último piso e responsáveis pela assistência em provas de ciclismo indica que estas podem ser evacuadas em 290,5 segundos. Por fim, o Cenário 12, indica que a evacuação dos quartos para os 48 ocupantes consegue ser realizada em 128,3 segundos. Verificou-se que apesar da existência de períodos de congestionamento acentuado em fases iniciais, estes não comprometeram a evacuação desde que as saídas estivessem bem distribuídas e funcionais. Os cenários com bloqueios parciais em zonas distintas do pavilhão permitiram observar o comportamento dos intervenientes na procura de alternativas que reduzissem o tempo de evacuação o máximo possível, permitindo o seu escoamento sem necessidade de percorrer grandes distâncias. Estes resultados demonstraram que a bancada fixa, que possui o maior número de lugares disponíveis para assistência, leva mais tempo para evacuar em condições normais de acessos, apesar de não diferir em muito quando comparada à bancada telescópica, localizada no interior do polidesportivo. A distribuição de saídas ajuda de forma natural numa mais rápida evacuação dos adeptos, permitindo que estes consigam, apesar de em maior número, evacuar praticamente no mesmo tempo. Isto demonstra que a localização das saídas são tão ou mais importantes do que o próprio número de ocupantes, desde que a distribuição seja equilibrada e funcional. Nos quartos, a evacuação revelou-se rápida e eficaz, refletindo a menor densidade de ocupação e a boa acessibilidade às saídas, mesmo quando surgiram restrições pontuais. Em espaços com menor complexidade espacial e densidade controlada, a evacuação pode decorrer de forma segura e sem constrangimentos significativos, garantindo o bem-estar dos ocupantes.
