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Desigualdade na participação em educação de adultos em diferentes contextos nacionais está o crescente apoio dos empregadores a exacerbar ou a mitigar a desigualdade na participação?

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Os dados referentes aos últimos 20-30 anos indiciam que a participação em educação de adultos (incluindo a participação motivada por razões de ordem profissional) tem observado, desde a década de 1990, uma tendência de crescimento significativo na maior parte dos países da OCDE, e em muitos países da UE. Esta tendência de crescimento pode ser atribuída, em parte, ao crescente interesse dos empregadores (dos setores privado, público e não governamental) em investir em educação dos adultos, em razão dos benefícios substanciais que esta aporta. À medida que cresce o investimento dos empregadores, a questão sobre quem recebe os apoios que por estes são providenciados para participar em educação de adultos torna-se relevante, quer do ponto de vista da investigação, quer do ponto de vista político, em especial porque a desigualdade na participação pode intensificar vários outros tipos de desigualdades. O propósito deste artigo é investigar se a tendência crescente para a participação em educação de adultos suportada pelos empregadores está a exacerbar ou a mitigar o efeito Mateus em diferentes países. O artigo providencia estimativas das mudanças nas probabilidades de participação em educação de adultos suportada pelos empregadores, de acordo com diversas características individuais, sociodemográficas e laborais dos adultos participantes, entre o período de 1994-1998 e 2013. Os resultados da análise, que se baseia em dados do Programa Internacional para a Avaliação das Competências dos Adultos (PIAAC), estudo da OCDE de 2013, e em dados do Inquérito Internacional à Literacia dos Adultos (IALS), de 1994-1988, sugerem que o crescimento da educação de adultos suportada pelos empregadores pode estar a desempenhar um papel na mitigação da desigualdade na participação. A redução ao longo do tempo das diferenças na probabilidade de participação de categorias sociais contrastantes associadas a várias características individuais, sociodemográficas e laborais (por exemplo, mulheres comparadas com homens, pessoas com os mais baixos níveis de escolaridade comparadas com pessoas com os mais elevados níveis de escolaridade) é interpretada como uma redução das desigualdades na probabilidade de participação associada a essas categorias. Investigação adicional recorrendo a bases de dados novas e atualizadas é, entretanto, necessária para explorar se a tendência para o crescimento do apoio dos empregadores à educação de adultos está a exacerbar ou, por outro lado, a mitigar a desigualdade na participação de adultos em atividades educativas em diferentes países.

Description

Este trabalho é financiado por fundos nacionais através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto UIDP/05198/2020 (Centro de Investigação e Inovação em Educação, inED). https://doi.org/10.54499/UIDP/05198/2020

Keywords

Participação em educação de adultos Princípio de Mateus Desigualdade da educação de adultos Crescimento da educação de adultos Educação de adultos suportada pelos empregadores PIAAC IALS

Pedagogical Context

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