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Senhora séria não tem ouvidos: uma alquimia cénica entre a matéria inanimada e o intérprete

dc.contributor.advisorCastro, Regina Maria de Carvalho Menezes e
dc.contributor.advisorMeireles, Nuno Miguel Santos
dc.contributor.authorRafael, Raquel Gomes de Magalhães
dc.date.accessioned2025-09-02T14:06:05Z
dc.date.available2025-09-02T14:06:05Z
dc.date.issued2025-07-22
dc.description.abstractA peça “Senhora séria não tem ouvidos” constrói-se a partir das biografias reais de um coletivo, cruzadas com objetos que funcionam como condensadores simbólicos de experiências sociais interiorizadas (ex.: medalhas, óculos de natação, elmo.). Esses objetos não são apenas recordações privadas, mas marcadores de posição social, cultural, histórica e afetiva - O teatro mostra não só quem somos, mas como nos tornámos quem somos. Isto corresponde à ideia bourdieusiana de que as estruturas mentais (lembranças, traumas, gostos, manias) resultam da incorporação — habitus — das estruturas sociais. A dramaturgia não apresenta personagens fictícias, mas testemunhos que tornam visível como a subjetividade é socialmente construída: uma infância marcada pela pobreza; o preconceito sofrido na escola; a desigualdade de género; a alienação digital; ou os legados familiares. Criar é lutar com um texto — ou com a própria vida transformada em texto — até que ele nos conceda uma forma de verdade. Esta luta, marcada por tensão e descoberta, encontra ecos profundos no meu projeto final, onde a criação dramatúrgica é, acima de tudo, um gesto de confronto com a memória, com o corpo e com o mundo.por
dc.description.abstractThe play “Senhora séria não tem ouvidos” is based on the real biographies of a collective, crossed with objects that function as symbolic condensers of internalized social experiences (e.g.: medals, swimming goggles, helmet). These objects are not only private memories, but markers of social, cultural, historical and emotional position - The theatre shows not only who we are, but how we became who we are. This corresponds to the Bourdieusian idea that mental structures (memories, traumas, tastes) result from the incorporation — habitus — of social structures. The dramaturgy does not present fictional characters, but testimonies that make visible how subjectivity is socially constructed: a childhood marked by poverty; the prejudice suffered at school; gender inequality; digital alienation; or family legacies. To create is to struggle with a text — or with one’s own life transformed into a text — until it grants us a form of truth. This struggle, marked by tension and discovery, finds deep echoes in my final project, where dramaturgical creation is, above all, a gesture of confrontation with memory, with the body and with the world.eng
dc.identifier.tid203979940
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10400.22/30336
dc.language.isopor
dc.rights.uriN/A
dc.subjectObjeto
dc.subjectCorpo
dc.subjectTeatro
dc.subjectMala
dc.subjectMemória
dc.subjectIntérprete
dc.subjectObject
dc.subjectBody
dc.subjectTheatre
dc.subjectSuitcase
dc.subjectMemory
dc.subjectInterpreter
dc.titleSenhora séria não tem ouvidos: uma alquimia cénica entre a matéria inanimada e o intérpretepor
dc.typemaster thesis
dspace.entity.typePublication
thesis.degree.nameProjeto apresentado à Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre em Artes Cénicas, especialização Criação Teatral

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