Name: | Description: | Size: | Format: | |
---|---|---|---|---|
381.34 KB | Adobe PDF |
Authors
Advisor(s)
Abstract(s)
Assumindo como princípio basilar que a conexão entre o campo cultural e o
poder político é uma constante na maioria dos regimes, democráticos, autoritários/
totalitários, liberais, pode encarar-se esta relação em dois sentidos opostos: a arte como
reflexo da ideologia de uma classe/elite dominante, que serve como obliteradora de
discursos alternativos, funcionando a um tempo como instrumento de conhecimento e
de construção da realidade, ou a arte como a entendia Theodor Adorno, como um poder
de pressão, como uma forma de resistência, como um contra-poder. Inscrito na esfera
cultural, enquanto agente da História, o cinema desde muito cedo que se apresentou
como uma “arma” nas mãos dos regimes políticos. No caso da sua utilização por
Estados de ideologia única, o cinema tem mesmo servido para produzir uma história
institucional, a “sua história”. Esta comunicação pretende ser uma reflexão sobre a
instrumentalização propagandística do discurso cinematográfico, através da
comparação entre o regime de Franco, em Espanha, e do Estado Novo, em Portugal,
entre as décadas de 1930 e 1950, procurando em concreto apreender o poder que para
António Ferro (diretor do Secretariado de Propaganda Nacional, órgão que
superintendia o cinema português) e para Manuel García Viñolas (diretor do
Departamento Nacional de Cinematografia Espanhola) o cinema conquistou e a (s)
forma (s) como foi utilizado.
Description
Keywords
Cinema Regime Franquista Estado Novo Propaganda
Citation
Publisher
AIM - Associação de Investigadores da Imagem e Movimento