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Nesta apresentação procurarei expor alguns elementos que nos ajudam a caracterizar a cenografia como prática artística que, pela sua herança das práticas de palco (stagecrafts) se afirma como uma arte de criação coletiva, material e socialmente implicada. A diversidade deste campo disciplinar, corroborada pela história, não nos permite centrar a discussão no âmbito das terminologias, antes nos obriga a uma forte reflexão sobre práticas e métodos.
A performatividade tem sido uns dos assuntos centrais na evolução dos conceitos. Perante a vertigem da imediatez, alguns autores têm procurado estabelecer relações entre a cenografia e a performance design, procurando recentrar as discussões sobre cenografia, o seu caracter expositivo e de curadoria, aspeto em relação ao qual sou crítico.
As abordagens contemporâneas colocam a cenografia e uma boa parte da sua expressão num campo híbrido e interdisciplinar que, de uma forma positiva alarga o seu campo de trabalho e reflexão, atraindo novos pensadores para as questões da espacialidade nas artes. Sabendo do valor desta abertura, não podemos ficar indiferentes ao interesse que alguns assuntos têm tido entre a comunidade académica. Por outro lado, percebemos que a abrangência e expansão do campo de discussão também nos coloca numa zona cinzenta de dispersão de referências, principalmente do ponto de vista das metodologias e das práticas artísticas.
O que norteia a minha intervenção não é a defesa da práxis como contraponto às propostas desenvolvidas, antes a procura de uma noção de equilíbrio, assumindo o interesse de uma Practice based or led research, que nos situe e nos ajude a enfrentar o futuro sem reservas e preconceitos, mas também sem fronteiras, valorizando o campo frutuoso de debate no qual participamos hoje.
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Cenografia Pesquisa baseada na prática, arte e técnica
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UNIRIO - Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro