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Valorização da planta halófita Mesembryanthemum nodiflorum para aplicação nutracêutica: digestão in vitro e bioacessibilidade de composto fenólicos

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Dissertação_MBS_Raquel Vieira_V.Final.pdf15.08 MBAdobe PDF Download

Abstract(s)

A sustentabilidade ambiental tornou-se uma questão crucial devido à poluição e às alterações climáticas que afetam a agricultura, enfrentando esta o problema da escassez e água e dos solos salinizados. As plantas halófitas, como Mesembryanthemum nodiflorum, surgem como uma potencial solução, por sobreviverem em condições extremas de escassez de água e salinidade do solo, produzindo metabolitos secundários protetores como polifenóis, os quais têm atividades benéficas para a saúde. Este trabalho teve como objetivo principal a valorização da halófita M. nodiflorum para aplicação nutracêutica, explorando os efeitos da digestão gastrointestinal in vitro e da permeabilidade intestinal na bioacessibilidade e bioatividade dos polifenóis dos extratos preparados por extração assistida por ultrassons empregando solventes verdes (água e etanol). Para tal, foram avaliadas o teor de polifenóis e flavonoides total (TPT e TFT, respetivamente), as atividades antioxidante/antiradicalar, a capacidade de eliminação de espécies reativas do oxigénio, a cito toxicidade intestinal, as propriedades neuras protetoras, e o impacto dos extratos e dos seus digestos na atividade de enzimas antioxidantes e peroxidação lipídica (LPO). Os compostos bioativos que permearam o modelo intestinal de co cultura composto por Caco-2 e HT29-MTX foram identificados por cromatografia líquida com espectrometria de massa. O etanol, de uma forma geral, foi o solvente que apresentou melhores resultados (TPT:13,49 mg equivalentes de ácido gálhico (EAG)/g de extrato seco (ES); TFT:12,48 mg equivalentes de catequina (EC)/g ES; capacidade antioxidante por redução do ião férrico (FRAP):30,98 mg equivalentes de sulfato ferroso (ESF)/g ES; superóxido (02.-): metade da concentração máxima inibitória (IC50) =32,12 µg/mL; radical peroxilo (ROO.):230,58 µg equivalentes de Trolox (ET)mg ES; enzima acetilcolinesterase (AChE): 31,17%; catálase (CAT): 447,15 nmol/min/g ES. A digestão in vitro conduziu a um aumento de TPT (21,25 mg EAG/g ES), da capacidade antioxidante (33,84 mg ESF/g ES) e antiradicalar (23,72 mg equivalentes de ácido ascórbico (EAA/g ES) pela seguinte ordem: oral ˂ gástrica ˂ intestinal. As taxas de recuperação de polifenóis após a digestão intestinal foram superiores a 150% e taxas de recuperação dos flavonoides acima dos 50%, indicando que os compostos fenólicos e falvonoide se tornaram mais bio acessíveis após a ação das enzimas e das alterações de pH na digestão in vitro. O extrato alcoólico demonstrou propriedades neuroprotectoras (37,7%), e todos os extratos demonstraram efeitos na modulação positiva das atividades das enzimas antioxidantes catálase, glutationa peroxidase e superóxido dismutase após digestão in vitro. Os ensaios de viabilidade celular mostraram que os extratos não tiveram efeitos adversos nas linhas celulares intestinais Caco-2 e HT29-MTX até à concentração de 500 µg/mL. A análise preliminar da fase intestinal do extrato AQ permitiu ientificar 10 compostos (triptofano, cinamamida, treonil-treonina, Lys-Asp-Tyr, dihidroactinidiolida, loliolida, álcool coniferílico, rosmanol e o ácido 5,5’-dihidroferúlico). Destes compostos somento o triptofano, o rosmanol, o ácido 5,5’-dihidroferúlico e o álcool coniferílico permearam o modelo de co-cultura com as seguintes percentagens 92,5%, 59,1%, 15,4% e 17,5%, respetivamente. Os compostos dihidroactinidiolida, Lys-Asp-Tyr, loliolida, e treonil-treonina não permearam a barreira intestinal. Os resultados obtidos neste estudo dos extratos da halófita M. nodiflorum sustentam a sua promissora utilização como ingrediente nutracêutico.

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Plantas halófitas Extração assistida por ultrassons Compostos fenólicos Ingredientes funcionais Permeação intestinal

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