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Abstract(s)
Como violinista, o que sei hoje, o que transmito ao tocar e ao ensinar, é
fruto de uma aprendizagem que começou em criança, que se foi
aprofundado em escolas cada vez mais exigentes, buscando e alcançando
níveis de formação cada vez mais elevados. No entanto, a aprendizagem de
qualquer ato performativo, só faz sentido quando complementada com a
experiência de palco. Essa experiência é, sem dúvida, aquilo que faz a ligação
entre a violinista que fui enquanto estudante, ou recém-formada e a que sou
hoje, como profissional.
É importante realçar que no meu caso, ser violinista passa por assumir uma
capacidade de abraçar diversas funções, diferentes papéis, por assim dizer, e
responsabilidades, sempre com o mesmo objetivo – ganhar o máximo de
experiência e crescer enquanto músico. O meu percurso profissional de mais
de doze anos desdobra-se em várias vertentes. Ser segundo violino de um
quarteto de cordas é certamente muito diferente do que tocar a solo com
orquestra, de ser tutti numa orquestra, ou até assumir o papel de concertino.
Embora todas estas experiências envolvam conhecimentos comuns, cada
uma das funções assumidas pelo violinista é distinta e tem objetivos
próprios que se coadunam com a especificidade do papel do violino em
cada uma das situações. Nesse sentido, ser violinista é ser capaz de tocar
sozinha, mas é também ser capaz de encontrar o equilíbrio quando toco em
duo com um pianista, ou perceber o meu papel quando toco em trio,
quarteto ou quinteto. É saber fazer parte de um naipe de orquestra, é
conseguir tocar a solo com orquestra e também gerir uma posição de líder,
como concertino. No meu caso, ser violinista é ser capaz de me adaptar a estas
situações, percebendo o contexto de cada uma delas, para melhor atingir o
objetivo musical pretendido