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Género, viagem e representações interculturais

dc.contributor.authorSantos, Clara
dc.date.accessioned2012-09-10T10:53:25Z
dc.date.available2012-09-10T10:53:25Z
dc.date.issued2009
dc.description.abstractNuma primeira abordagem a A Lady’s Visit to Manilla and Japan (1863), de Anna D’Almeida, os leitores não deverão esperar a narrativa de uma experiência que poderia ter sido produzida por um desses “Etonnants voyageurs! Quelles nobles histoires / Nous lisons dans vos yeux profonds comme les mers!”, citando o último poema de Les Fleurs du Mal de Baudelaire. Nem tão pouco deverão esperar o relato superficial de uma turista indolente sobre a diversão convencional ou o previsível choque moral experimentados durante as várias etapas do seu grand tour, e que são característicos deste tipo de literatura, particularmente popular no campo emergente do turismo do final do século XIX. Este artigo defende uma leitura plural, conciliando noções aparentemente divergentes. Analisa a escrita feminina ocidental no contexto dos encontros culturais, mais precisamente, as peculiares imagens que uma viajante ocidental do século XIX cria a partir da sua breve exposição a vários espaços e práticas da Ásia. A familia D’Almeida viajou pelo Extremo Oriente entre Março e Julho de 1862. O título A Lady's Visit to Manilla and Japan induz em erro, pois a narrativa começa em Singapura e termina em Hong Kong, mas a família visitou também Macau, Xangai, Nagasaki, Yokohama, Xiamen (Hokkien) e Cantão, entre outros lugares, atestando assim o profundo desejo dos D’Almeida de explorar in loco todas as potencialidades dos países visitados. Neste estudo de A Lady's Visit to Manilla and Japan, tenciono demonstrar as complexidades que existem dentro de / entre as histórias, experiências e actividades interculturais de mulheres, e como estas alargam o âmbito do estudo dos sistemas sociais e culturais. Ao examinar as diferenças e semelhanças de género, podemos elaborar construções teóricas que analisam as variações entre mulheres; como elas são influenciadas pela classe, raça, etnia e religião; e como estas moldam a forma como entendemos a posição da mulher na cultura e na sociedade. O preconceito de classe da elite ocidental considera a mulher não-ocidental como sendo ‘a outra’, alguém que representa aquilo que o escritor ocasional não é. A questão da representação feminina das suas congéneres como ‘mulheresoutras’, com base numa ampla variedade de diferenças, é definitivamente um desafio para os estudos interculturais e de género.por
dc.identifier.isbn78-972-99292-4-3
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10400.22/660
dc.language.isoporpor
dc.publisherUniversidade de Évorapor
dc.relationSLT 63por
dc.subjectÁsiapor
dc.subjectImpériopor
dc.subjectSéculo XIXpor
dc.subjectGéneropor
dc.subjectViagempor
dc.titleGénero, viagem e representações interculturaispor
dc.typebook part
dspace.entity.typePublication
oaire.citation.conferencePlaceÉvorapor
oaire.citation.endPage181por
oaire.citation.startPage160por
oaire.citation.titleLíngua portuguesa: ultrapassar fronteiras, juntar culturaspor
person.familyNameLaranjeira Sarmento e Santos
person.givenNameClara Maria
person.identifierhttps://scholar.google.pt/cita
person.identifier.ciencia-idD418-D6F8-7D49
person.identifier.orcid0000-0001-7010-2908
rcaap.rightsopenAccesspor
rcaap.typebookPartpor
relation.isAuthorOfPublication04dc91bb-3a04-49c4-b618-99880b767602
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