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Manuel de Caldevilla Carvalho, Renato

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  • Avaliação da atividade antioxidante do extrato etanólico da Adansonia digitata
    Publication . Santos, Daniela; Carvalho, Daniel; Rente, Ana; Silva, Jorge; Caldevilla, Renato; Cardoso, Andreia; Oliveira, Ana Isabel; Pinho, Cláudia
    O Baobá (Adansonia digitata) é uma planta africana usada na medicina tradicional devido às suas propriedades antioxidantes, resultante da sua composição em compostos fenólicos, que desempenham um papel importante na prevenção de doenças associadas ao stress oxidativo. O principal objetivo deste trabalho é avaliar a atividade antioxidante do extrato etanólico de A. digitata. Estudo experimental com análise do extrato etanólico 70 % (V/V) de A. digitataproveniente do fruto seco, obtido comercialmente. A aferição da atividade antioxidante foi feita através de diferentes ensaios: radical (2,2-diphenyl-1-picrylhydrazyl (DPPH), poder redutor do ferro (FRAP) e quelação da ferrozina. No ensaio FRAP a maior percentagem de redução do ferro foi 2,75 %, obtida com a maior concentração testada (1000 μg/ml). Em relação ao ensaio da ferrozina, as percentagens de quelação do ferro variaram entre 19,88 ± 2,50 % e 27,08 ± 8,64 %, onde a percentagem mais elevada foi obtida com a concentração de 30 μg/ml. Os resultados foram inferiores aos do controlo positivo (EDTA), cujas percentagens de inibição rondaram os 100 %. No ensaio do DPPH, o extrato do baobá obteve um IC50 de 656,97 ± 12,45 μg/ml, valor muito acima do controlo positivo usado, a quercetina (IC50 = 1,8 μg/ml). Os estudos de avaliação da atividade antioxidante existentes na literatura com a planta têm sido realizados com diferentes solventes (ex: água, metanol, acetona) e partes da planta (ex: folhas, polpa do fruto). Num estudo de Irondi et al., (2016) o extrato metanólico, proveniente de folhas de baobá, demonstrou um valor de IC50 para o ensaio de DPPH de 230 ± 0,01 μg/ml. Por sua vez, num estudo de Ismail et al., (2019) os melhores valores de FRAP foram obtidos com 80% acetona (5141,19 ± 45,37 mg Trolox/100 g peso seco); os melhores valores de DPPH obtiveram-se com acetona acídica (acetona + água + HCl) (80:19:1; V/V/V) (2501,46 ± 50,61 mg Trolox/100 g peso seco) e com 80% acetona (2390,07 ± 49,15 mg Trolox/100 g peso seco). Alguns autores consideram que os extratos vegetais têm uma atividade antioxidante elevada ou significativa quando os ensaios apresentam valores de IC50 < 50 μg/ml; uma atividade moderada com valores de IC50 entre 50 e 100 μg/ml; e uma atividade antioxidante baixa com valores de IC50 > 100 μg/ml. Os resultados obtidos neste estudo demonstram que o extrato de baobá analisado parece ter uma baixa atividade antioxidante. Contudo, são necessários mais estudos com a planta, utilizando ensaios complementares e diferentes técnicas extrativas,no sentido de confirmar o potencial antioxidante do extrato etanólico de baobá.
  • Avaliação in vitro da segurança do extrato etanólico da Adansonia digitata em células cutâneas
    Publication . Santos, Daniela; Carvalho, Daniel; Rente, Ana; Silva, Jorge; Caldevilla, Renato; Cardoso, Andreia; Oliveira, Ana Isabel; Pinho, Cláudia
    O baobá (Adonsonia digatata) é uma árvore nativa de África, pertencente à família Bombacaceae e ao género Adansonia. É utilizada na medicina tradicional africana para o tratamento de diversas doenças devido às suas atividades anti-inflamatórias, antioxidantes e antimicrobianas, tendo atraído o interesse da indústria farmacêutica. Com base na eficácia de diversos extratos de A. digitata, tem sido colocada a hipótese de que a planta poderá exibir também outras atividades biológicas, no entanto os dados relativos à sua toxicidade são ainda escassos. Desta forma, o trabalho tem como principal objetivo avaliar a segurança, in vitro, do extrato etanólico de A. digitata, numa linhagem de células da pele (HaCaT). Trata-se de um estudo experimental com análise do extrato etanólico a 70 %(V/V) de frutos de A. digitata. Para a determinação da segurança do extrato numa linhagem celular de queratinócitos humanos (HaCaT), recorreu-se ao ensaio do brometo de 3-(4,5-dimetiltiazol-2-il)-2,5-difeniltetrazólio (MTT). No ensaio MTT, o extrato de baobá testado em concentrações que variaram de 5 μg/ml a 1000 μg/ml, apresentou percentagens de viabilidade celular entre os 77,81 ± 0,5 % e 131,22 ± 9,6 %, sendo que nas concentrações inferiores a 500μg/ml, os valores de viabilidade obtidos foram superiores a 100 %. O valor mais alto encontrado foi na concentração de 5 μg/ml. Desta forma, o extrato parece ter um efeito não citotóxico nas células HaCaT, após 48 horas de incubação. De acordo com o National Cancer Institute, um extrato bruto é geralmente considerado como tendo atividade citotóxica in vitro se o IC50é < 20 μg/mL Partindo deste pressuposto, os resultados do extrato etanólico de baobá podem providenciar um suporte quanto à segurança do seu uso tradicional. Os estudos de citotoxicidade de extratos de baobá são escassos, no entanto, no seu estudo, Dzoyemet al., (2014) demonstraram que o extrato do fruto de baobá, preparado com acetona, apresentou um IC50de 204 ± 0,01 μg/ml contra células Vero, após 48 horas de incubação. O baobá em concentrações inferiores a 500 μg/ml parece ser seguro para a linhagem celular estudada. Contudo, mais estudos são necessários para se concluir sobre a sua atividade protetora em concentrações mais altas nesta e noutras linhagens celulares, assim como em extratos preparados com outros solventes e diferentes partes da planta.