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- "A Clockwork Orange" em Portugal: duas laranjas nada mecânicasPublication . Rodríguez, Viviana García; Pascoal, Sara Maria Cerqueira da Silva“A Clockwork Orange”, romance escrito por Anthony Burgess, é notável pelo uso do Nadsat, uma gíria inventada pelo autor. O romance constitui um desafio de tradução significativo, uma vez que a criatividade linguística e os estilos transgressivos são sempre difíceis de recriar na tradução. Em Portugal, a obra “A Clockwork Orange” foi traduzida duas vezes: a primeira vez por José Luandino Vieira e a segunda vez por Vasco Gato, sendo que esta última tradução pode ser considerada, à luz das definições existentes, uma retradução. Ao comparar brevemente as primeiras páginas de ambas as traduções observa-se que as mesmas contêm um conjunto de diferenças, não só ao nível da sintaxe ou das escolhas lexicais, mas também do Nadsat. O primeiro objetivo do presente trabalho é, deste modo, determinar quais foram os fatores que conduziram à retradução de “A Clockwork Orange” em Portugal. Visto que uma análise comparativa de ambas as traduções, tendo em conta as suas várias vertentes, não seria comportável, resolveu-se delimintar o foco de análise ao Nadsat, o qual representa um desafio de tradução dada a sua enorme criatividade. Pretende-se, assim, averiguar quais foram as principais estratégias utilizadas pelos dois tradutores de “A Clockwork Orange” em Portugal relativamente à tradução do Nadsat. Ao longo do presente trabalho procura-se, igualmente, dar visibilidade a uma obra e autor pouco conhecidos em Portugal, bem como aos seus tradutores, José Luandino Vieira e Vasco Gato.