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- Perfil profissional emergente de coaching para a inserção de públicos em situação de vulnerabilidadePublication . Martinho, Ana LuisaA economia social é crescentemente reconhecida política e academicamente como um setor-chave contra a pobreza e exclusão social. A atual Estratégia Europeia e nacional 2020 prioriza a área do emprego e da inclusão social, na qual as WISE (work integration social enterprise) - empresas sociais de inserção pelo trabalho - são uma aposta incontornável pelo elevado potencial de impacte social. Neste contexto, emergem perfis profissionais de acompanhamento de pessoas em situação de vulnerabilidade nos seus diferentes percursos de inserção socio laboral.Com base em 10 estudos de casos em cinco países europeus (Áustria, Bélgica, Itália, Portugal e Reino Unido), analisamos funções de coaching com vista a identificar necessidades formativas e desafios comuns da qualificação e certificação dos profissionais que operam neste subsetor das empresas sociais na União Europeia. A função de coaching constitui o fator distintivo das WISE, enquanto modelo de intervenção na promoção de itinerário de inclusão social. É um fator crítico à eficácia da inserção de públicos desfavorecidos e às transformações sociais mais vastas, designadamente nos mercados de trabalho. O coaching é um instrumento de empowerment orientado por estratégias de acompanhamento de desenvolvimento pessoal e profissional. A abordagem qualitativa do estudo permitiu identificar um conjunto de 17 atividades de coaching, associadas às três fases do trabalho de acompanhamento das pessoas em situação de vulnerabilidade, a saber: 1. Acolhimento e diagnóstico; 2. Itinerário de inserção; 3. Transição para o mercado de trabalho regular. Na primeira fase, o trabalho de coaching passa por desenvolver um diagnóstico integral da situação pessoal do beneficiário, bem como da sua situação profissional, com vista a co construir um plano de ação com recurso a metodologias participativas. A fase do Itinerário de inserção constitui o eixo de desenvolvimento de competências de empregabilidade, associado a conhecimentos específicos de determinadas áreas, através de formação de base e complementar, acompanhamento contínuo, estágio, contratos de trabalho de curta duração num sistema de trabalho temporário. A última fase, associada a todo o Processo de transição para o mercado de trabalho regular, engloba sessões de coaching e formação individual e/ou coletiva para a procura ativa de emprego para os beneficiários, a par de um trabalho dirigido aos empregadores nomeadamente no apoio à função de gestão de recursos humanos nas fases de recrutamento e integração).
- As empresas sociais de inserção na promoção do emprego e inclusão social a partir de estudos de caso europeusPublication . Martinho, Ana LuisaAs WISE (work integration social enterprise) - empresas sociais de inserção pelo trabalho - são organizações economicamente produtivas nos mercados de bens e serviços, com missão social e com propósito de inserção profissional de públicos em situação de vulnerabilidade face à pobreza e exclusão social. Num contexto nacional, marcado pela extinção da legislação da medida de política ativa de emprego e por uma ausência de política eficaz de integração destes públicos, a análise de modelos europeus, distintos e complementares, revela-se essencial para equacionar a intervenção e impacte destas empresas sociais no domínio do emprego e da inclusão social. Com base em 10 estudos de casos realizados em cinco países europeus (Áustria, Bélgica, Itália, Portugal e Reino Unido), analisamos e comparamos cada WISE enquanto exemplo de inovação social. O estudo enquadra-se nas tradições teóricas de abordagem às empresas sociais iniciadas na década de 1990 na União Europeia. Através de uma investigação-ação refletiu-se sobre as especificidades das WISE, identificando boas práticas e equacionando-as à luz do paradigma da inovação social. A amostra intencional de dois estudos de caso por país permitiu categorizar três modelos: i) modelo de transição para o mercado de trabalho regular; ii) modelo de emprego permanente; iii) modelo cooperativo de autoemprego.