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- O fagote em Portugal: descrição das suas práticas na atualidadePublication . Costa, Patrícia Daniela da Silva; Coimbra, Daniela da CostaO objetivo do presente trabalho foi o de analisar o contexto histórico da introdução do fagote em Portugal, o seu desenvolvimento e o estado atual da sua prática. Para tal foi apresentada uma síntese histórica da evolução do instrumento bem como o contexto histórico da prática do fagote em Portugal e a sua evolução até à atualidade. Em relação a este aspeto, foi possível reconhecer que a história do fagote em Portugal tem pelo menos 250 anos, mas que a sua implementação efetiva foi dificultada pela introdução do saxofone em Portugal, a qual provocou uma introdução tardia do fagote nas Bandas filarmónicas, e sobretudo pela sua tardia implementação no ensino. Seguidamente foi desenhado e distribuído um questionário que visava descrever os atores intervenientes na prática do fagote na atualidade nacional, bem como as características dessa prática. O questionário foi distribuído a fagotistas de orquestras profissionais e semiprofissionais portuguesas, professores de fagote do ensino secundário e/ou superior, e alunos de fagote que frequentam o ensino superior em Portugal. Os resultados indicaram que a Escola de Interpretação mais proeminente em Portugal é a Escola alemã, talvez pela influência significativa do músico Belga radicado em Portugal Hugues Kesteman, que nela se enquadra e que foi professor da maioria dos professores de fagote da atualidade em Portugal. Nas gerações mais novas, no entanto, é notório um esbatimento da ascendência de uma escola interpretativa, devido a uma maior mobilidade entre os diversos centros musicais por parte dos jovens intérpretes Portugueses.
- Voz: a viagem interior: performance e interdisciplinaridade no contexto do jazz e da música improvisadaPublication . Machado, Joana Guerreiro Borges; Parra Mas, José MariaA voz é um instrumento vivo, permeável à condição física e psicológica do seu hospedeiro, naturalmente ligada às emoções, à vivência e à criatividade. Para os cantores, a música é um dado adquirido através da audição e da imaginação, onde essa relação corpo/mente deve ser construída tendo em conta a especificidade do instrumento e uma imensa vastidão de possibilidades para a expressão. A educação musical convencional tende a subvalorizar esses comportamentos improvisativos espontâneos e a substituí-los por outros (ainda que temporariamente), que seguem uma lógica imitativa e serial. Valoriza-se a inteligência formal em detrimento da exploração sensorial, domestica-se o instinto e a criatividade. Tornando-se no seu próprio case-study, a autora realiza um estudo do comportamento do cantor no contexto da música improvisada e o processo de construção de uma consciência musical que vise a competência harmónica e o sucesso na improvisação, explorando também um lado criativo e de unicidade. Através das experiências a que se submeteu e da análise dos testemunhos de cantores/improvisadores com carreiras reconhecidas que angariou, a autora encontra fundamentos para propôr um novo modo de actuação, no ensino formal, que fomente uma atitude criativa e inteligente com a voz.