ESE - PSI - Comunicações em eventos científicos
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- A Educação Social na Construção de uma Cidadania Ativa e Participativa na Terceira IdadePublication . Miranda, AntónioUm projeto de investigação no campo do Desenvolvimento Comunitário e Educação de Adultos exige momentos de permanente reflexão e questionamento crítico, assim como de consciencialização sobre os problemas e necessidades que emergem da co-construção do conhecimento sobre a realidade. O objetivo desta comunicação é dar a conhecer o projeto de investigação “Transformar a Comunidade em Vitória”, o qual foi desenvolvido na freguesia da Vitória, na cidade do Porto, no Centro Social Paroquial de Nossa Senhora da Vitória (CSPNSV), nas respostas sociais Lar, Centro de Dia (CD), Centro de Convívio (CC) e Serviço de Apoio Domiciliário (SAD). Tendo em conta a metodologia de Investigação-Ação Participativa (IAP), esta investigação procurou melhorar as condições e a qualidade de vida dos atores sociais e teve como grande referência a Educação Social numa dimensão de Educação para a Cidadania, uma vez que potenciou a reflexão e o questionamento crítico dos participantes sobre os seus problemas e, posteriormente, de forma autónoma, permitiu que estes se organizassem para lhes dar resolução. Tratando-se de um projeto de Desenvolvimento Comunitário de Educação de Adultos, pretendeu-se envolver as pessoas e a comunidade na mudança, ou seja, na resolução dos problemas pessoais, institucionais e locais, apelando sempre à participação da comunidade envolvente e colocando a tónica no “empowerment”, procurando a transformação pessoal dos envolvidos e da comunidade.
- A Prática do Educador Social no Envelhecimento: da Formação à AçãoPublication . Amante, Maria João; Araújo, Lia; Fernandes, Rosina; Fonseca, Susana; Magalhães, Cátia; Martins, Emília; Mendes, Francisco; Xavier, PaulaEste estudo exploratório procura analisar o impacto do estágio, integrado do curso de Licenciatura em Educação Social (ESEV-IPV), no que diz respeito aos benefícios da intervenção socioeducativa com pessoas idosas percecionados pelo público- alvo e pelos promotores dos projetos. O estágio surge, no processo de formação, como um contacto formal e estruturado com o mundo do trabalho. Partindo do reconhecimento da importância da educação no trabalho social e, mais concretamente, na intervenção gerontológica, importa saber qual a contribuição da Educação Social na capacitação individual e social para a promoção de um envelhecimento mais digno, ativo e bem- sucedido. Durante os anos letivos 2009/2010, 2010/2011, 2011/2012 e 2013/2014 auscultou-se a opinião do público-alvo dos projetos de estágio (pessoas idosas) e pelos próprios estagiários acerca do impacto das atividades desenvolvidas, tendo-se recorrido a questionários e entrevistas estruturadas para o efeito. Os resultados sugerem a importância das atividades ao nível do aumento do bem-estar pessoal e relações interpessoais, reportado quer por estagiários, quer por pessoas idosas. Dado o contributo que o Educador Social pode ter no envelhecimento, apresenta-se a necessidade de se preparem Técnicos Superiores de Educação Social capacitados para as especificidades do trabalho com esta população-alvo.
- Estudantes no Plural: Uma Reflexão a partir das experiências dos estudantes de educação social nos processos de transição para o ensino superiorPublication . Araújo, Maria José; Sampaio, Ruth; Lopes, Humberto M.A entrada para o ensino superior faz parte dos projetos de vida de muitos jovens e constitui um importante momento de transição entre ciclos de escolarização. Face às mudanças políticas que têm provocado dinâmicas sociais e educativas com grande impacto na vida dos estudantes, torna-se fundamental pensar a forma como as instituições percecionam e contribuem para a sua integração do ponto de vista psicossocial e académico: que tipos de diálogo estabelecem com os estudantes; que papel lhes é reservado e que mecanismos de escuta lhes são disponibilizados; que acompanhamentos estão disponíveis; que alterações introduzem nas suas rotinas institucionais de forma a adaptarem-se aos estudantes que recebem em cada ano letivo; que valorizações atribuem a práticas e rituais de sociabilidade. Neste texto fazemos uma reflexão sobre as marcas desta(s) transição(s), tomando como referência as representações, motivações, vivências e percursos pessoais e académicos realizados pelos estudantes da Licenciatura em Educação Social (LES), na Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico do Porto (ESE-IPP), em Portugal. As narrativas que são objeto de análise nesta reflexão foram extraídas dos dados produzidos no âmbito de um projeto que está a ser desenvolvido pelo Grupo de Apoio ao Trabalho Académico (GATA), a que os autores deste texto estão ligados.
- Um novo passo para a autonomia: Um projeto de e em educação social com pessoas sem-abrigoPublication . Ferreira, Marta; VEIGA, SOFIAA (co) construção de/o conhecimento da e sobre a realidade nasce da “tarefa” prioritária, imprescindível e potencial de estar no terreno. Num contexto de desenho e desenvolvimento de projetos de e em Educação Social, o investigador não só presencia, como vivencia a interação com as pessoas, numa postura de permanente atenção, escuta ativa e aceitação. O reconhecimento e a valorização do Outro na sua autenticidade abrem portas a um trabalho que se forma e fortalece na relação entre educador e educando. Assente nesta convicção, o artigo em apreço apresenta o projeto “Um novo passo para a autonomia: Um projeto de e em Educação Social com pessoas sem-abrigo”, desenvolvido na Casa da Amizade do Centro Social e Paroquial de Nossa Senhora da Vitória. Posicionado metodologicamente na Investigação- Ação Participativa, o trabalho interventivo envolveu e deu voz a múltiplos atores sociais, nomeadamente profissionais, pessoas sem-abrigo e pessoas da comunidade. O recurso a várias técnicas acompanhou todo o processo de análise da realidade e desenvolvimento do projeto, permitindo a reunião de múltiplas informações percecionais e experienciais de todos os participantes, bem como o cruzamento das mesmas com contributos teóricos sustentáveis. Desta recolha e confronto de conhecimento, resultou o levantamento de problemas e necessidades, a par da identificação de potencialidades, constrangimentos e recursos, cruciais à planificação partilhada e à construção coletiva do projeto de e em Educação Social. Este, almejando responder às necessidades priorizadas, teve como finalidade Potenciar a autonomia e empoderamento, bem como o bem-estar pessoal e social dos sujeitos, e integrou duas Ações, De mãos dadas com a mudança e Bastidores da Amizade, desenvolvidas com dois grupos distintos, profissionais e pessoas sem-abrigo, norteados por um conjunto de objetivos gerais e específicos. Para uma avaliação que se pretendeu contínua, contextualizada e participada, isto é, transversal a todo o trabalho co construído, foi eleito o modelo de avaliação CIPP, de Stufflebeam e Shinkfield (1995). Assente nos pressupostos da Educação Social, as conclusões deste trabalho de investigação-ação apontam para a capacidade dos participantes refletirem e agirem no sentido da sua autonomização e empoderamento, tornando-se, simultaneamente, atores da realidade social e autores da sua própria vida e história.
- Representações e Perceções de um Grupo de Profissionais sobre a medida de Regulação das Responsabilidades ParentaisPublication . Silva, Dora Gisela; Silva, Sofia; Serrão, CarlaO divórcio é considerado uma interrupção no tradicional ciclo de vida familiar. Quando este acontece num sistema familiar que envolve diferentes subsistemas – conjugal e parental –, exige dos adultos a capacidade de “manter os papéis sociais e sexuais inteiramente separados, enquanto continuam cooperando como pais para o bem dos filhos” (Wallerstein & Kelly, 1998, p. 349). Ora, nem sempre isto acontece e sendo o divórcio um evento complexo que integra uma série de mudanças legais, psicossociais e económicas entrecruzadas e que se estendem ao longo do tempo, é perfeitamente compreensível as dificuldades que pais e mães mostram neste processo. É fruto desta cadeia de mudanças que os conflitos se amplificam e quando não há acordo entre os pais quanto à regulação das responsabilidades parentais, a Assessoria Técnica de Apoio aos Tribunais é chamada a intervir na tomada de decisão. É neste cenário que surge a motivação em elaborar este estudo que tem como objetivo conhecer as representações sociais e perceções de um grupo de profissionais quanto à regulação das responsabilidades parentais, no que diz respeito à residência habitual do menor com regime de visitas alargado. Para a concretização deste objetivo foi desenvolvida uma entrevista de grupo com a participação de nove profissionais que exercem a sua atividade no âmbito da Assessoria Técnica aos Tribunais. Os dados revelam que os participantes consideram que a residência habitual com regime de visitas alargado é o modelo que melhor asseguram o bem-estar dos menores e a coparentalidade entre progenitores, assegurando, assim, o interesse superior da criança.
- Tornar-se adulto na casa 5: Promover a Autonomia Individual em Apartamento de AutonomizaçãoPublication . Pereira, Vera; Pessanha, ManuelaNa ausência de uma retaguarda familiar capaz de se constituir como uma rede de segurança e apoio ao desenvolvimento integral de adolescentes com medida de promoção e proteção, o Apartamento de Autonomização oferece um espaço no qual os jovens podem treinar competências que lhes assegurem um futuro autónomo e minimizem os riscos de exclusão social. Esta resposta social propõe-se preparar adolescentes, em transição para a adultez juvenil, para a conquista da responsabilidade de se autoprotegerem, de cuidarem de si próprios e de assumirem a sua identidade perante os outros. Todavia, a construção da Autonomia em contexto institucional revela-se um desafio, não apenas para os jovens, como também para as famílias e para os profissionais que com eles trabalham. Foram, precisamente, as dificuldades experienciadas pelos profissionais que motivaram o desenvolvimento de um projeto em educação e intervenção social promotor da eficiência dos Apartamentos de Autonomização enquanto resposta social, em termos de promoção da autonomia e da transição bem-sucedida para a vida adulta. O presente trabalho constitui, assim, um olhar retrospetivo sobre o Projeto “Tornar-se Adulto na Casa 5”, que, através da metodologia de Investigação-Ação Participativa, visou alcançar a finalidade proposta pelos participantes: “Promover uma autonomia plena dos jovens da Casa 5, com vista à transição bem-sucedida para a vida adulta após o término da medida de promoção e proteção” (Pereira, 2013). Ainda que os resultados obtidos tenham sido moderadamente satisfatórios, o Projeto terá contribuído para o desenvolvimento de uma consciencialização mais crítica acerca das oportunidades e dos constrangimentos ao desenvolvimento da Autonomia, favorecendo, desejavelmente, a transição para vida adulta após a desinstitucionalização.
- Os centros comunitários no centro do conhecimento: (Inter)relação entre os centros comunitários e a escola superior da educação do PortoPublication . Bertão, Ana; Mendes, Ivaneide; Carvalho, Maria JoãoNo âmbito do Curso de Mestrado em Educação e Intervenção Social, na especialização em Desenvolvimento Comunitário e Educação de Adultos, que integra a oferta formativa da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico do Porto desde o ano letivo de 2010-2011, foi desenvolvido um trabalho de investigação na unidade curricular de Educação Social e Desenvolvimento Comunitário, sobre os Centros Comunitários existentes na região Norte do País. Pretende-se partilhar esta experiência e refletir sobre a ligação das instituições de ensino superior às estruturas sociais comunitárias, centrando o conhecimento nos Centros Comunitários. É no contexto da investigação-ação que se enquadra o presente artigo, procurando fundamentalmente contribuir para o debate e a reflexão crítica sobre a ligação do ensino superior politécnico ao tecido social emergente, e sobre as mudanças interoperacionais daí decorrentes. Partindo da contextualização da iniciativa, inicia-se uma breve incursão pelo 3º setor para enquadrar os Centros Comunitários, seguindo-se uma apresentação do estudo realizado e dos I e II Encontros dos Centros Comunitários. Finalmente, em espaço de conclusão, traçam-se algumas linhas reflexivas sobre o impacto da experiência e apontam-se pistas para futuras investigações neste campo.
- Intervenção Familiar na Terceira Idade: Experiência no Centro de Dia do Centro Social da Paróquia da Areosa e do Centro Social e Paroquial de MindeloPublication . Fernandes, Maria Patrícia; Ramos, Marisa; Sampaio, Marta; Afonso, Sofia; Pereira, TâniaA população idosa tem vindo a aumentar em Portugal, o que tem despoletado na sociedade diversos desafios, como o de atenuar as diferentes necessidades deste grupo no sentido de promover a melhoria da qualidade de vida (Oliveira, 2009). Assim, o presente estudo resulta de uma investigação desenvolvida no centro de dia do Centro Social da Paróquia da Areosa (C.S.P.A.) e do Centro Social e Paroquial de Mindelo (C.S.P.M.), com o objetivo de compreender as relações estabelecidas entre os idosos e os respetivos familiares; perceber se a instituição desenvolve práticas que fomentem as relações entre a família e os idosos, como também, compreender o papel do Educador Social no trabalho com as famílias de pessoas integradas em instituições. Este estudo sustentou-se numa metodologia qualitativa, que contemplou a realização de entrevistas a quatro idosos, a familiares dos mesmos e à equipa técnica da instituição. Recorremos também à análise documental e à observação participante para recolher informação. Tendo em conta o trabalho desenvolvido nestes contextos, refletimos sobre uma possível proposta de linhas orientadoras para uma futura intervenção familiar. De acordo com o referido, percebemos, a partir da análise destes casos, que as famílias se sentem sobrecarregadas com as diversas funções que têm de assumir diariamente, o que as leva a recorrer a respostas que vão para além dos cuidados que podem prestar enquanto cuidadores informais. Neste estudo fica evidente que as famílias sentem que há uma lacuna das instituições no que se refere à promoção do contacto existente entre estas e os familiares das pessoas que usufruem dos seus serviços.
- Heróis de Palmo e Meio: A Intervenção Psicossocial e a relação de ajuda no Acolhimento InstitucionalPublication . Ferreira, Tânia; Pessanha, ManuelaA institucionalização de crianças e jovens tem-se revelado um tema bastante controverso entre os investigadores (Magalhães, 2005, citado por Faria, Salgueiro, Trigo, & Alberto, 2008). A Comissão Nacional de Proteção de Crianças e Jovens (CNPCJ; 2000) define o acolhimento institucional como a assunção das responsabilidades educativas (ao nível jurídico, moral, social e escolar) por parte das instituições que acolhem as crianças e jovens. Os Lares de Infância e Juventude (LIJ) têm como objetivo defender o superior interesse das crianças, desempenhando um papel fundamental no acompanhamento do seu desenvolvimento. Este dever concretiza-se substancialmente na definição e acompanhamento dos seus projetos de vida. Neste sentido, as práticas dos profissionais em LIJ devem ir ao encontro das reais necessidades das crianças e jovens, numa ação adequada, desenhada e concertada, tendo sempre como principio básico o respeito pelas idiossincrasias de cada criança e jovem. A relação de ajuda com crianças assume-se como uma estratégia de intervenção muito específica e muito influenciada por todo o processo desenvolvimental e de vinculação da criança. Melanie Klein (1985; 1994), Donald Winnicott (1982) e Pedro Strecht (1999), através dos seus estudos, desenvolveram contributos teóricos fundamentais para a compreensão e intervenção psicossocial com crianças. O projeto “Heróis de Palmo e Meio - A intervenção psicossocial e a relação de ajuda no acolhimento institucional” foi desenvolvido no âmbito do Mestrado em Educação e Intervenção Social – Ação psicossocial em contextos de risco. Este projeto foi desenvolvido no Instituto Profissional do Terço, local onde uma das autoras deste trabalho exerce funções como Educadora Social. Este projeto foi desenvolvido com um grupo de crianças com idades compreendidas entre os 6 e os 12 anos de idade. Importa dar conta das opções metodológicas do projeto, do paradigma de base e modelo utilizados, assumindo-se a Investigação- Ação Participativa (IAP), como metodologia de eleição assente no paradigma sociocrítico. Indo ao encontro das opções metodológicas, o referido projeto teve como grande finalidade a “Participação das crianças e das suas famílias na construção dos seus projetos de vida com base na compreensão da institucionalização” (Ferreira, 2013, p. 50). Priorizando as necessidades e respeitando o critério de urgência, foram desenhados dois subprojectos com duas crianças e suas famílias, tentando sempre responder às suas necessidades individuais. Foram definidos alguns objetivos gerais comuns, assim como objetivos específicos, estratégias e ações adequadas a cada um dos subprojectos. Os resultados deste projeto revelam-se significativos, já que permitiram, quer às crianças, quer às famílias, desenvolver um processo de reflexão e de consciencialização em torno da sua história de vida, a compreensão da sua realidade e a participação ativa no projeto de vida dos filhos, o que veio facilitar o caminho inicial do processo da mudança.
- Acolhimento familiar e intervenção socioeducativa na infância: (Re) pensando algumas práticasPublication . Sousa, Alexandra; Lorenzo Moledo, Maria del Mar; Delgado, PauloNesta comunicação apresentamos as principais linhas de uma investigação a realizar no âmbito do curso de doutoramento em Educação da Universidade de Santiago de Compostela e que tem como tema central a intervenção socioeducativa no acolhimento familiar. Nos últimos tempos tem-se verificado um aumento do interesse da investigação internacional pelo acolhimento familiar. No entanto, a maioria dos trabalhos é desenvolvida em países anglo- saxónicos, havendo pouco avanço relativamente a este tema nos países do sul da Europa (Delgado, Carvalho, & Pinto, 2014). Designadamente em Portugal, em termos de investigação, tem sido dada prioridade ao estudo de outras vertentes de intervenção socioeducativa, não havendo muito investimento no estudo da medida do acolhimento familiar. A par desta realidade, verifica- se também que esta medida apresenta, na prática, uma reduzida expressão, havendo uma tendência para a institucionalização das crianças e jovens em perigo. Partindo da realidade portuguesa no que concerne ao acolhimento familiar, e no sentido de colmatar algumas lacunas existentes, a investigação que apresentamos, e que está ainda em fase inicial, visa, por um lado, sublinhar a importância do acompanhamento e da formação no âmbito do acolhimento familiar e, por outro lado, propor mudanças que poderão ser introduzidas no sentido de melhorar estes processos. Assim, tem como principais objetivos caracterizar o acompanhamento técnico atualmente prestado às famílias acolhedoras e potenciar as competências dos profissionais e acolhedores no processo de gestão e planeamento do acolhimento familiar, através do aperfeiçoamento dos processos de formação inicial e contínua. Trata-se de um estudo, predominantemente qualitativo, que não parte de hipóteses formuladas previamente, nem pretende a generalização dos resultados obtidos. A seleção dos participantes será não aleatória, por conveniência, procurando abranger uma variedade de famílias no que diz respeito ao tempo e experiência como família de acolhimento e os respetivos técnicos de acompanhamento. Será realizado, numa fase inicial, um estudo que visa caracterizar o acompanhamento técnico atualmente prestado às famílias acolhedoras e o levantamento das principais necessidades formativas, através da aplicação de inquéritos por questionário. Numa segunda fase, proceder-se-á ao desenho, desenvolvimento e avaliação de um programa de intervenção socioeducativa, composto por diferentes sessões de formação nas quais participarão os acolhedores e equipa de acolhimento, separadamente ou em conjunto, dependendo dos temas a abordar. A avaliação de implementação do programa será realizada a partir da realização de momentos para reflexão conjunta dos participantes, através da análise de conteúdo dos discursos de cada um dos intervenientes. Desta avaliação farão também parte os dados obtidos através da observação participante da doutoranda, no decurso das sessões de formação. Relativamente à avaliação dos resultados, será realizada a partir da criação e aplicação de indicadores, a definir em função dos objetivos de cada sessão. Posteriormente, proceder-se-á, a uma análise concertada e sistémica de todos os dados recolhidos, que permitirá sistematizar as conclusões que advieram da investigação e fazer o levantamento de implicações para a prática, ou seja, elencar os aspetos nos quais deverá haver um maior investimento no sentido de melhorar o processo de acolhimento familiar.