Browsing by Author "Silva, Filipa Raquel Teixeira da"
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- Caracterização e valorização energética de resíduos da poda da vinhaPublication . Silva, Filipa Raquel Teixeira da; Correia, Maria Manuela BarbosaNos últimos anos tem havido uma preocupação crescente em encontrar fontes de energia alternativas às fontes de energia fóssil. Umas das alternativas é a utilização de biomassa como combustível. A valorização de biomassa tem sido estudada ao longo dos anos seja para obtenção de subprodutos ou para valorização energética. A cultura da vinha ocupa uma vasta área a nível mundial e nacional, sendo a quantidade de resíduos de poda de vinha produzida por ano significativa. Uma vez que estes resíduos não têm um tratamento específico, uma das possibilidades é a sua valorização energética. No presente trabalho, pretendeu-se fazer uma caracterização físico-química dos resíduos de poda de castas de vinha diferentes de três regiões vitícolas portuguesas distintas, nomeadamente Touriga Nacional e Tinta Roriz do Dão, Touriga Nacional e Tinta Roriz do Douro e Alvarinho e Loureiro da região do Vinho Verde. Foram determinados os teores de humidade, de cinzas, de matéria volátil, a análise elementar em C, H, N e S, de Na, K, Fe e Mg, o poder calorífico superior (PCS) e foi realizado um estudo experimental envolvendo a onversão térmica daquele tipo de biomassa, a diferentes temperaturas, na gama 250-400ºC, com avaliação do potencial energético do resíduo sólido formado. Os resultados obtidos revelaram um características físico-químicas muito semelhantes entre castas, havendo algumas diferenças nas concentrações de Na, K, Fe e Mg. Os valores do PCS obtidos foram de 18,1 a 18,6 MJ/kg para as seis amostras. Os ensaios de conversão térmica, realizados para cinco das seis castas, revelaram um comportamento muito semelhante das amostras de todas as castas estudadas, em termos do PCS do resíduo sólido formado (variando de cerca de 19 a 28 MJ/kg para o intervalo de temperaturas estudado) e da razão entre a massa de resíduo sólido formado e a massa inicial de amostra (89 a 33%, de 252 a 397ºC). Pela aplicação de uma metodologia baseada na comparação entre o ganho energético do sólido formado e a redução correspondente de massa, como função das condições em que o processo decorre, obteve-se uma temperatura ótima próxima dos 310ºC.