Browsing by Author "Rodrigues, Ricardo"
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- O futuro dos discursos: para uma reconexão simbióticaPublication . Rodrigues, RicardoEscrever e falar sobre liberdades em exercício implica necessariamente discorrer sobre relações de poder no tempo e no espaço, exige deslindar as malhas dos discursos e transcorrer sobre localização e representatividade. A violência de género, entre outras manifestações conexas, como contra identidades LGBTQIAPN+, a violência étnico-racial, a xenofobia, entre tantas outras expressões identitárias abafadas, neutralizadas pelo social, pelo todo, por subjetivismos perniciosos, perenes formas estruturais e multifacetadas, perpassando subtilmente a filigrana de propósitos de sistemas e tecnologias geneticamente infetados. Tratam-se, pois de manifestações persistentes de desigualdades históricas, estruturais e culturais, alavancadas por discursos de ódio (sentido amplo) direcionados, oportunamente amplificados por líderes políticos, de viés carismático (como Donald Trump, Jair Bolsonaro, Viktor Orbán, André Ventura, Marine Le Pen, Giorgia Meloni, etc.), personalidades veículo (como Richard Spencer e Alex Jones, etc.), magnatas (como Mark Zuckerberg, Elon Musk, Robert Mercer, Steven Bannon, Rupert Murdoch, etc.), feixes de interesses obscuros, sustentados por holofotes mediáticos e mecanismos mercadológicos de validação social.
- O sangue dos inocentes pelos olhos dos ímpios: entre fobias e cegueiras ideológicasPublication . Rodrigues, Ricardo; CARDOSO RODRIGUES, RICARDO ALEXANDREDesde quando abandonamos os rostos e as suas lágrimas? Desde quando vibramos com a morte, com a dor e o sofrimento alheios? Quantos e quantas deixamos prostrados, deixamos para trás? Haverá corpos, identidades e famílias mais dignos; culturas e religiões, per se, sacralizáveis, condenáveis, demonizáveis ou impuras; “enfermos” menos merecedores de cuidados? Desde quando os nossos “eus” se tornaram pontos de referência para os “eus” dos outros? Onde moram as nossas ancestralidades e as nossas descendências nas narrativas e nos discursos? Desde quando nos concebemos produtos acabados? Desde quando deixamos de reconhecer o estrangeiro que habita em nós? Que partes do outro entendemos por estranhas? Quanto de estranho consideramos relevante para a sua desumanização? E nesse espaço de não ser, quanto valeria a sua dor e o seu sofrimento; como significar as suas lágrimas, perdas e lutos; qual a medida certa; como mensurar; qual a fórmula exata? Seria bastante uma simples perceção; uma singela perceção forjada numa singela manchete; de qualquer agência ou veículo? Uma perceção pelo valor de uma vida?Desde quando abandonamos os rostos e as suas lágrimas? Desde quando vibramos com a morte, com a dor e o sofrimento alheios? Quantos e quantas deixamos prostrados, deixamos para trás? Haverá corpos, identidades e famílias mais dignos; culturas e religiões, per se, sacralizáveis, condenáveis, demonizáveis ou impuras; “enfermos” menos merecedores de cuidados? Desde quando os nossos “eus” se tornaram pontos de referência para os “eus” dos outros? Onde moram as nossas ancestralidades e as nossas descendências nas narrativas e nos discursos? Desde quando nos concebemos produtos acabados? Desde quando deixamos de reconhecer o estrangeiro que habita em nós? Que partes do outro entendemos por estranhas? Quanto de estranho consideramos relevante para a sua desumanização? E nesse espaço de não ser, quanto valeria a sua dor e o seu sofrimento; como significar as suas lágrimas, perdas e lutos; qual a medida certa; como mensurar; qual a fórmula exata? Seria bastante uma simples perceção; uma singela perceção forjada numa singela manchete; de qualquer agência ou veículo? Uma perceção pelo valor de uma vida?
- A sublimação do profano na teotecnocracia das virtudesPublication . Rodrigues, Ricardo; Cardoso Rodrigues, Ricardo AlexandreÀs ninfas o espírito do adamastor, ora, entre crenças e fés distópicas, veículos perniciosos de legitimação de um poder opressor, embiocado sob o manto diáfano da moralidade e da tradição. Uma quase espiritualidade, onde não há espaço para a transcendência e a interrogação. Um efetivo instrumento de dominação que reforça desigualdades estruturais, explorando máximas despóticas (v. fortes com os fracos, fracos com os fortes). A captura das narrativas religiosas e pseudocientíficas por elites ávidas consolida um paradigma de subjugação paulatino de vulneráveis presas (reféns), entre agentes mobilizados, os ungidos, e individualidades não hegemónicas ou contra-hegemónicas, rotuladas ameaças, a poderosas e inspiradoras deidades, semidivindades, intangíveis, absolutamente inquestionáveis