Browsing by Author "Pereira, Marcos António Marcacine"
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- Relação entre o grau de internacionalização e a produtividade nas maiores empresas brasileirasPublication . Pereira, Marcos António Marcacine; Saraiva, António Fernando Martins Garcia; Machado, Celsa Maria de CarvalhoCom a globalização, tem-se acentuado a tendência para as empresas se internacionalizarem, designadamente através das exportações, o que suscita o desafio de conceber explicações teóricas – e de testá-las empiricamente – sobre o modo como a internacionalização das empresas influencia o seu desempenho (nomeadamente a sua produtividade) ou, no outro sentido, este condiciona a sua entrada nos mercados externos. Embora a literatura teórica aponte para um efeito genericamente positivo da internacionalização das empresas sobre a sua produtividade, admite também que a relação internacionalização-produtividade possa revelar-se não linear, apresentando perfis que conjugam fases onde a relação é crescente com outras onde é decrescente, o que tem vindo a ser corroborado empiricamente. Neste contexto, pretendeu-se, mormente, caracterizar a relação entre o grau de internacionalização e a produtividade de um grupo específico de empresas brasileiras de grande dimensão e bom desempenho econômico-financeiro, com base em dados em painel fornecidos pela revista Exame relativos acerca de duas centenas das empresas brasileiras selecionadas como as Melhores e Maiores (M&M), no quinquênio 2011-2015. Sendo o grau de internacionalização médio do conjunto das empresas M&M representado na amostra utilizada de cerca de 28%, constata-se que mais de metade das observações são relativas a empresas cujo grau de internacionalização, em algum dos anos de 2011 a 2015, é inferior a 25% e que apenas cerca de um décimo das observações são relativas a empresas que exportam, pelo menos, três quartos da sua produção, verificando-se uma considerável heterogeneidade do grau de internacionalização médio nos diferentes setores de atividade. Quanto à relação internacionalização-(ln)produtividade, constata-se que será inadequado recorrer ao estimador de coeficientes constantes para defini-la, pois tal induziria a conclusão de que a relação em causa apresentaria um perfil em U, quando os resultados econométricos obtidos recorrendo-se ao estimador (de efeitos seccionais fixos) e à especificação do modelo mais adequados sugerem um perfil em S para esta relação, i.e., sancionam o paradigma dos três estágios qualitativamente distintos do processo de internacionalização. O perfil evidenciado revela que a produtividade cresce com o grau de internacionalização, mas apenas no intervalo entre os 20% e os 70%, sensivelmente, apresentando-se decrescente com o grau de internacionalização fora deste intervalo.