Browsing by Author "Martins, Maria Elisabete Gomes da Silva"
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- Efeitos imediatos da TheraSuit nas variáveis cinemáticas da marcha numa criança com Paralisia Cerebral espástica unilateral esquerda – Estudo de CasoPublication . Martins, Maria Elisabete Gomes da SilvaINTRODUÇÃO: A hemiplegia é um subtipo da Paralisia Cerebral espástica (PCE) em que um dos lados do corpo está afetado, resultando em posturas e padrões de marcha atípicas. O objetivo deste estudo de caso consiste numa análise descritiva dos efeitos imediatos de uma ortótese dinâmica, o TheraSuit® (TS), nas variáveis cinemáticas da marcha. MÉTODOS: Criança de 5 anos e 10 meses de idade, com PCE unilateral esquerda, nível II (GMFCS), foi instruída a caminhar a uma velocidade auto-selecionada ao longo de uma passadeira de 10m em duas condições: 1) Baseline (BL); 2) com TS (CTS). Utilizaram-se duas câmaras vídeo-digitais (Basler piA1000-48gñ GigE) e seis câmaras de infravermelhos (VICON T10), com uma amostragem de 100 Hz. Foram descritos os parâmetros espaço-temporais e os deslocamentos angulares dos membros inferiores (MI). RESULTADOS E DISCUSSÃO: Para os parâmetros espaço-temporais, o TS sugere uma redução da cadência de marcha (BL: 156 +/- 10,1 passos / min; TS: 132 +/- 3,4 passos / min). Os deslocamentos angulares também sugerem alterações ao longo do ciclo da marcha. No contato inicial, o TS mostrou i) redução da dorsiflexão no lado não-parético (BL: 10,2 graus +/- 3,4; CTS: 9,2 graus +/- 1,5) e flexão plantar no lado parético (BL: -5,8 graus + / - 1,1; CTS: 9,3 graus +/- 1,4); Ii) redução do ângulo de flexão do joelho em ambos os MI, particularmente no MI parético (BL: 19,1 ° ± 1,4; CTS: 10,9 ° ± 1,9); Iii) redução da flexão da anca no MI não parético (BL: 57,5 ± 2,6; CTS: 26 ± 3,1). Durante a fase de apoio, a criança revelou ângulos mais simétricos nas articulações do tornozelo e diminuição do padrão de flexão, sendo visível uma maior extensão no joelho no MI parético (BL: 10,9 ° ± 2,5; CTS: 7,22 ° ± 0,9). Na fase de oscilação, diminuição da flexão do joelho e da anca em ambos os MIs, porém mais favorável no MI não parético (Anca - BL: 62,7 ± 2,5; CTS: 30 ± 2,8); (Joelho - BL: 74,4 ° ± 4,0; TS: 67,7 ° ± 2,5). Embora o TS tenha revelado poucas alterações em termos dos parâmetros espaço-temporais, a cinemática angular do MI, parece ter sofrido mais influência na direção de um padrão de marcha mais funcional. CONCLUSÃO: Este estudo de caso mostra que o TS parece ser capaz de mudar a cinemática da marcha na direção de um padrão de marcha mais funcional (isto é, reduzir a flexão da anca e do joelho e os graus de flexão plantar na tibiotársica). No entanto, são necessários mais estudos que permitam compreender melhor os seus efeitos a curto e longo prazo e confirmar os presentes resultados.