Browsing by Author "Gouveia, Rui Pedro da Silva"
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- Análise do estado da arte da manutenção dos equipamentos de segurança contra incêndios em edifícios no território portuguêsPublication . Gouveia, Rui Pedro da Silva; Fonseca, Luís Miguel Ciravegna Martins daNos dias de hoje a Segurança contra Incêndios em Edifícios não pode ser negligenciada pelos gestores dos edifícios, tanto na manutenção dos equipamentos como na implementação de medidas de autoproteção. Esta temática encontra-se regulamentada, através do Decreto Lei nº 220/2008 alterado pelo Decreto Lei nº 224/2015 e pela Portaria 1532/2008 de 29 de Dezembro -Regulamento Técnico de Segurança Contra Incêndio em Edifícios (RT-SCIE). Este estudo pretende avaliar o estado da manutenção dos equipamentos de segurança, com destaque para os equipamentos de proteção contra incêndios nos edifícios de organizações Portuguesas. Foi adotada uma metodologia quantitativa, através da realização de um questionário, enviado por email à população alvo, tendo ido obtido 79 respostas, maioritariamente de organizações do setor privado (79.7%). O setor público representou 13.9% e o terceiro setor 6.3% das respostas. Os serviços são o setor de atividade com maior representação (46%), seguido da indústria (33 e a amostra é constituída essencialmente por organizações com que contam entre 50 a 250 colaboradores (35.4%) e mais de 250 colaboradores (34.2%). As pequenas (11 a 60 colaboradores) e micro (menos de 10 colaboradores) representam 12.7% e 17.77% da amostra respetivamente. Cerca de 43% dos respondentes recorrem a serviços de manutenção mistos, isto é, interna e externa, 31.6% realizam a manutenção geral através de serviços de manutenção externa, sendo que 25.3% recorrem a uma equipa interna. Para o caso de serviços de proteção contra incêndios, as organizações recorrem maioritariamente a Empresas Externas inscritas na ANPC (54.4%) ou a outras Empresas Externas (28.8%), sendo que 15.2% recorrem a serviços de manutenção mistos e só 2.5% recorrem equipas Internas. Estes resultados indicam que no caso específico dos equipamentos de segurança contra incêndios, as organizações recorrem com mais frequência a Empresas Externas (e menos a equipas Internas), do que no caso da manutenção em geral. Do estudo realizado conclui-se para a população respondente, esta temática é importante para todos os elementos internos e externos da organização, sendo que mais de dois terços já apresentam as medidas de autoproteção aprovadas. Demonstrou-se que há uma sensibilização para o tema, em concreto a importância de se realizar manutenção preventiva dos equipamentos e assegurar o correto funcionamento dos equipamentos. A população encontra-se sensibilizada de que estes dois aspetos são relevantes e são uma fonte de investimento social, financeiro e laboral que permitem retornos a curto, medio e longo prazo. Contudo ainda existem aspetos a melhorar tais como; a manutenção externa ser realizada unicamente por empresas inscritas na Autoridade Nacional de Proteção Civil; assegurar a manutenção na totalidade dos elementos fonte de manutenção da área da segurança contra incêndios em edifícios; melhorar os conhecimentos quanto aos procedimentos de manutenção nesta área; as organizações terem elementos específicos com conhecimentos técnicos de gestão, manutenção na área de SCIE nos seus quadros, sobretudo em grandes organizações. Apesar de 57% referirem que as Medidas de Autoproteção se encontram implementadas, ainda existem aspetos essenciais a considerar, tais como a manutenção e as inspeções regulares que se verificou que ainda não estão devidamente sedimentados. Não obstante as limitações inerentes à investigação por questionário, esta investigação contribui para colmatar as lacunas de conhecimento sobre o estado da arte da segurança e proteção contra incêndios em edifícios e fornece indicações úteis para a melhoria de políticas e práticas que potenciem melhores condições de segurança para as pessoas, meio ambiente e sociedade em geral. Como sugestões de trabalho futuro haverá que procurar aumentar a representatividade da amostra, conseguir um maior envolvimento de todas as partes interessadas e testar mais hipóteses de investigação.
