Browsing by Author "Carvalho, Ana Filipa"
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- Erros e medicação Look-a-Likes/Sound-a-LikesPublication . Mendes, F.; Rocha, Carla; Carvalho, Ana FilipaA segurança do doente é essencial para a qualidade da prestação de serviços de saúde, uma vez que, os erros de medicação têm como consequências a incapacidade ou até a morte. Assim, torna-se fulcral a necessidade de instituir mecanismos de deteção e prevenção. Ao nível dos Serviços Farmacêuticos (SF), os erros possíveis derivam de múltiplos fatores tais como a designação e aparência de medicamentos semelhantes, a errada interpretação de prescrição médica facilitada pela utilização de siglas, e ainda, a má identificação do doente. No entanto, o primeiro fator apontado destaca-se como a causa mais comum de erro de medicação, podendo este ocorrer em qualquer etapa da utilização do medicamento. Nos Estados Unidos da América, cerca de 10% do total de erros de medicação resultam da confusão da designação do medicamento. Outro erro identificado é a administração incorreta de soluções eletrolíticas, como é o caso do cloreto de potássio em ampolas. Este não pode ser administrado sem a sua diluição prévia mas, a sua rotulagem não alerta para esta especificidade, tornando mais propicia a ocorrência do erro. Assim, os SF assumem uma função de extrema importância no combate do erro, ao dispensar medicamentas devidamente identificados. Neste estudo pretende-se demonstrar vários exemplos de erros que podem ocorrer em qualquer etapa da utilização do medicamento, do tipo Look-alikes/Sound-alikes, da aparência semelhante e má identificação dos medicamentos.
- Intoxicações agudas: análise num hospital central do grande PortoPublication . Mendes, F.; Rocha, Carla; Carvalho, Ana FilipaAs intoxicações agudas, voluntárias ou não, são um grave problema de saúde pública. Em Portugal, existem escassos estudos sobre a prevalência de intoxicações agudas, principalmente sobre as intoxicações medicamentosas, pelo que é este um tema de extrema importância. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, as intoxicações medicamentosas estão entre as quarta e sexta causas de morte nos países ocidentais. Assim, o presente estudo tem como objetivo primordial a identificação dos elementos tóxicos contribuintes para a intoxicação. Inicialmente, procedeu-se à caraterização da população da amostra, bem como, à análise estatística do número, do tóxico utilizado e do tratamento instituído dos casos de intoxicações agudas que num período de 6 meses recorreram ao serviço de urgência de um hospital central do Porto. Desta forma, tornou-se possível detetar que a maioria das intoxicações agudas era medicamentosa, sendo os ansiolíticos o grupo mais comum, principalmente as benzodiazepinas. O facto de as intoxicações agudas ocorrerem com este grupo de fármacos advém tanto dos hábitos de prescrição como da facilidade de acesso ao tóxico por parte do doente. Neste sentido, a Consultora IMS Health apontou, em 2012, números que facilmente demonstram tal teoria - 7.753.193 ansiolíticos e 6.095.634 antidepressivos prescritos. O crescimento das vendas destes tipos de fármacos é também claro, em relação a 2011, uma vez que, apresentam aumentos na ordem dos 1,2% e 7,7%, respetivamente. Avançando o Infarmed, o consumo de tranquilizantes em Portugal como um problema de saúde pública. Segundo publicação do Jornal de Notícias, em Portugal são consumidas 96 doses diárias de benzodiazepinas por cada 1000 habitantes, sendo os fármacos mais consumidos, entre 2000 e 2012, o Alprazolam e o Lorazepam. Para Álvaro de Carvalho, Coordenador do Plano Nacional para a Saúde Mental, o uso excessivo das benzodiazepinas "traduz uma prática clínica discutível, levanta suspeitas de que são dispensadas na farmácia sem receita médica" e retratam utilizações incorretas em que o doente não está isento de responsabilidade. O mesmo defende, entre outras medidas, uma redução da comparticipação das benzodiazepinas para baixar o seu consumo, facto comprovado por um estudo do Infarmed que identifica resultados positivos nos antidepressivos. O presente estudo avança como medidas para a redução deste tipo de substância, de modo a evitar intoxicações, o redimensionamento das embalagens, isto é, um menor número de unidades por caixa, e o maior controlo no ato da sua dispensa.