Browsing by Author "Carneiro, Gustavo Adolfo Faria Portela"
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- O projecto luminotécnico em espaços expositivos de arte contemporâneaPublication . Carneiro, Gustavo Adolfo Faria Portela; Silva, Nuno Miguel Matos Braga daO projecto luminotécnico tem um papel de grande relevância na Arte e na concepção dos espaços expositivos, quer sejam eles espaços institucionais ou comerciais. A iluminação tem um impacto significativo não só do ponto de vista conceptual e estético, mas também ao nível da conservação das características dos elementos iluminados e dos aspectos económicos e energéticos das instalações. Esta dissertação aborda a evolução da iluminação de obras de arte e dos espaços expositivos, identificando as melhores recomendações técnicas, explorando o seu suporte teórico, e comparando-as com as práticas mais comuns que se encontram estabelecidas. Com esta avaliação pretende identificar-se áreas de melhoria e de desenvolvimento, quer do ponto de vista das opções de projecto quer em termos das soluções tecnológicas utilizadas. O intervalo encontrado entre teoria e prática foi descodificado de modo a permitir a melhor compreensão das decisões tomadas pelos vários intervenientes ao nível do projecto e execução das instalações de iluminação destes locais, abrindo desse modo espaço para que seja possível atingir um equilíbrio que permita a sua evolução. A iluminação nas artes plásticas começou por ser apenas a iluminação do “local de trabalho”, de modo a possibilitar aos artistas a realização das suas tarefas fora das habituais horas de luz solar. O Museu do Louvre (em Paris) e a Museu Britânico (em Londres) foram os primeiros espaços dedicados às artes plásticas que, no início, não eram mais do que espaços onde os artistas podiam desenvolver os seus trabalhos, funcionando como ateliers, ficando posteriormente as suas obras expostas nesses mesmos espaços. Ao longo do tempo essa realidade mudou por completo, para além de gerarem luz de trabalho, os sistemas de iluminação passaram a ter outra relevância criando ambientes, cenários, alterando a textura e cor das obras, ou mesmo passando, em alguns casos, a ser parte integrante da própria obra. Está hoje definido que as obras de arte não são apenas os tradicionais desenhos, pinturas, fotografias ou esculturas, têm uma abrangência cada vez maior em termos de técnicas e de materiais utilizados, estendendo-se a tudo o que nos rodeia e, dessa forma, a escolha dos sistemas de iluminação e as propriedades da radiação luminosa emitida têm um carácter fundamental para manter a integridade dos materiais e também para permitir que se vá de encontro à ideia que o artista ou curador têm quando criam ou expõe uma determinada obra. Variáveis como o tempo que a obra vai estar exposta e as condições dessa exposição devem ser tidas em conta para salvaguardar a não destruição da obra, e para se definirem eventuais características especiais das instalações de iluminação, tais como a utilização de filtros de protecção ou de fontes especiais. Existem vários “locais tipo” onde se mostram as obras ou fazem exposições, dos quais se destacam Museus, Galerias de Arte, Centros Culturais e espaços de Coleccionadores. Os Museus e Galerias de Arte são, sem dúvida, responsáveis pela maioria das mostras. Por essa razão, foi decidido acompanhar algumas exposições numa galeria de arte comercial (Galeria Quadrado Azul) e num museu (Museu de Serralves) e comparar os aspectos técnico-económicos das diferentes instalações, analisando a vertente cenográfica que cada solução incorpora e o impacto que é gerado sobre os visitantes dos espaços. Realizou-se ainda um inquérito para compreender a sensibilidade dos utilizadores em relação aos sistemas de iluminação dos espaços expositivos. A partir das recomendações técnicas para espaços expositivos e dos dados recolhidos na observação de várias exposições e dos resultados do inquérito efectuado elaborou-se um caso de estudo, com a criação de um sistema de iluminação padrão, aplicável à maior parte das exposições a realizar em museus e galerias de arte contemporânea.