Browsing by Author "Batista, Vilson Rafael"
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- A gestão do conhecimento nas organizações públicas brasileiras - diagnóstico em uma Instituição Federal de EnsinoPublication . Batista, Vilson Rafael; Almeida, Paula de Fátima Peres TeixeiraA Gestão do Conhecimento (GC) é o conjunto de tecnologias e processos cujo objetivo é apoiar a criação, o armazenamento, a transferência e a aplicação do conhecimento nas organizações. O conceito de GC insere-se no espectro de criação e organização de políticas e ferramentas gerenciais com vistas a uma melhor compreensão dos processos organizacionais desde a geração até o compartilhamento e aplicação de conhecimentos estratégicos, tanto para a organização quanto para os stakeholders1. O seu estudo está compreendido no nível estratégico das organizações. É um recurso estratégico relativamente novo que organizações em todo o mundo têm utilizado para gerenciar, por meio do uso da inteligência e da aprendizagem dos colaboradores, os processos de negócio e com isso gerar vantagem competitiva aos negócios. Nos últimos anos, cada vez mais as organizações públicas e privadas têm se voltado para o estudo do tema. Nesse sentido, questiona-se: como as organizações públicas brasileiras têm percebido esse recurso estratégico? como o Instituto Federal de Rondônia (IFRO), organização pública da Administração Indireta brasileira, o têm utilizado? ou ainda, mais especificamente, como o Departamento de Apoio ao Ensino de uma das unidades do IFRO têm lidado com a questão no sentido de apoiar a criação, registo, transferência e a aplicação do conhecimento produzido pelos seus colaboradores? Esta investigação desenvolve-se no objetivo principal de conhecer o processo de GC no Departamento de Apoio ao Ensino (DAPE) do Instituto Federal de Rondônia – Campus Ji-Paraná, e de modo mais específico compreender como o DAPE realiza a gestão do conhecimento naturalmente criado no desenvolvimento das suas atividades cotidianas. Nesta investigação, inicialmente realiza-se um estudo bibliográfico por meio de Revisão Integrativa da literatura e, num segundo momento, realiza-se um trabalho empírico valendo-se do método indutivo e lançando mão da abordagem qualitativa por meio do estudo de caso como método de estudo e utilizando-se entrevista semiestruturada para a coletas dos dados. Os resultados permitem perceber que o Departamento ora investigado realiza alguns tipos de práticas de gestão conhecimento. Entretanto, essas práticas são aleatórias, alternadas no tempo e não intencionais. No dia a dia, no desenvolvimento de suas funções, os colaboradores terminam por criar algum conhecimento inerentes às atividades do Departamento. Realizam, às vezes por meio de documentos digitais avulsos outras vezes por meio de sistemas da Instituição, alguns registos do conhecimento criado e adquirido por eles. Por meio de planilhas e outras ferramentas online realizam a partilha do conhecimento que produzem. A chefia do Departamento procura dar o suporte necessário para que os colaboradores desenvolvam suas atividades, mas não há ações intencionais por parte desta para gestão do conhecimento criado. O que fica também evidente é que esse recurso estratégico não é conhecido pelos integrantes do Departamento e, talvez por isso, não seja tão aproveitado pelos envolvidos. Nessa linha, alguns entrevistados disseram, por iniciativa própria, estarem interessados em conhecer mais sobre o tema. Finalmente, argumenta-se que em função das contribuições trazidas por este estudo acredita-se que os resultados encontrados possivelmente serão muitíssimos úteis a gestores de organizações, principalmente de organizações públicas no país, em especial para compreender que o desenvolvimento de atividades comuns de trabalho pode gerar matéria prima valiosíssima para implementação de modelos ou práticas de GC com foco nos princípios da eficiência da Administração Pública. Ainda, para finalizar, esclarece-se que restou evidente que a grande maioria das organizações públicas no Brasil ainda não possuem modelos ou práticas de GC instituídas. Estas desenvolvem pequenas ações relacionadas a GC, porém não se têm, na maioria das vezes, consciência do valor competitivo dessas ações.