ISEP - DM – Biorrecursos
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Browsing ISEP - DM – Biorrecursos by Author "Barros, Ana Cláudia Dias"
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- Avaliação do processo de tratamento da Estação de Tratamento de Água Residual da empresa H.B. Fuller Portugal Produtos Químicos, S.A.Publication . Barros, Ana Cláudia Dias; Figueiredo, Sónia Adriana Ribeiro da CunhaO presente trabalho tem como objetivo o estudo do processo de tratamento da estação de tratamento de águas residuais (ETAR) da empresa H.B. Fuller Portugal Produtos Químicos, S.A., construída em 1999. As colas produzidas na empresa foram sofrendo alterações e, consequentemente o efluente a tratar também mudou as suas características. Além disso, a empresa fabrica uma grande variedade de produtos. Este estudo começou por uma caracterização das águas residuais geradas ao longo das várias fases do processos de tratamento, tendo-se concluído que numa primeira abordagem deveria otimizar-se o tratamento primário. Os parâmetros analisados no efluente da ETAR antes e após tratamento para avaliação da sua eficiência, incluem pH, condutividade, turvação, carência química de oxigénio (CQO), carbono orgânico total (COT), azoto total e ferro. Os últimos dois parâmetros foram selecionados devido aos resultados obtidos nas análises externas realizadas anteriormente que revelavam que estes se encontravam acima do valor limite de emissão. Realizaram-se testes com sete coagulantes e quatro floculantes pelo método Jar-Test. O intuito foi avaliar se o conjunto coagulante/ floculante que se encontrava a ser utilizado pela empresa estava a ser aplicado nas melhores condições de dosagens e pH e também se existem opções de coagulante/ floculante que tratem a água residual de forma mais eficiente. O coagulante Kemira PAX 18 e o floculante Aquaprox MFA 9722 relevaram ser o conjunto com a relação de eficiência e custo (1,46 €/m3 ) mais adequada para se utilizar no tratamento da ETAR da empresa H.B. Fuller. Comparativamente com o efluente industrial sem tratamento, o teor de carbono orgânico total foi removido em 68% e a turvação em 99,7%. O azoto diminuiu 37% após tratamento, mas mesmo assim continuava acima do VLE (90 mg/L) permitido pela liçenca de descarga da empresa no coletor Municipal, mas como se trata de um tratamento primário o efluente teria de continuar a ser tratado. Os resultados de ferro foram baixos (0,37 mg Fe/L) e o pH encontrava-se na gama de 5,5 a 9,5 prevista para a descarga de água residuais no Regulamento n.º 586/2010, de 7 de julho da Indaqua. Realizaram-se testes em linha e os resultados foram uma boa separação e um sobrenadante límpido, como esperado. E, por causa do futuro aumento produtivo, testou-se também o conjunto coagulante/ floculante no efluente proveniente das colas base aquosa e os resultados foram positivos, sobrenadante límpido, flocos de tamanho médio e lama sedimentada. Assim sendo, concluiu-se que mesmo alterando a composição do efluente que chega à ETAR para tratamento, o Kemira PAX 18 e o Aquaprox MFA 9722 irão tratar o efluente de forma eficaz. Ao longo deste trabalho encontraram-se algumas sugestões de melhoria para tornar o tratamento mais eficaz como a adição de um pré-tratamento constituído pelas etapas de gradagem, tamisagem e flutuação, um doseador de antiespuma automático e de uma solução de acerto de pH ácida. Dado que a produção de lamas no tratamento de água é inevitável, estudaram-se ainda os possiveis destinos para a gestão e valorização das mesmas. Sugere-se a sua incineração para produção de energia térmica. Com o intuito de automatizar o processo de tratamento e adequar as técnicas disponíveis de tratamento pediu-se auxílio à empresa VentilAQUA que confirmou algumas das alterações sugeridas e adicionou mais algumas alterações ao longo do tratamento.