ISEP - DM – Energias Sustentáveis
Permanent URI for this collection
Browse
Browsing ISEP - DM – Energias Sustentáveis by advisor "Abreu, Tiago André Martins de Azevedo"
Now showing 1 - 3 of 3
Results Per Page
Sort Options
- Análise do Potencial Energético das Ondas via Projeto HiWave-5: comparativo entre o Norte de Portugal e o Sul do BrasilPublication . Silva, Kássio José Martins da; Abreu, Tiago André Martins de AzevedoPara seguimento do Roteiro Neutralidade Carbónica 2050, o aumento na capacidade da energia das ondas têm sido apontado como a maior fonte inexplorada do mundo. Reconhece-se que constitui um recurso promissor de valor económico, num modelo sustentável, mas que, apesar das diversas tecnologias desenvolvidas, ainda carece de um projeto estruturado e que trabalhe com as imprevisibilidades da agitação marítima, em alta performance, para além da fase de protótipo. Desse modo, o presente trabalho estabelece um comparativo da potencialidade de produção de eletricidade, em larga escala, entre as costas do Norte de Portugal (PT) e do Sul do Brasil (BR), para implantação do inovador projeto HiWave-5, mediante dispositivo CorPower Ocean Wave Energy Converter (CPOWEC) do tipo Absorção Pontual. Para os dois locais (Aguçadoura – PT e Rio Grande – BR), recorreu-se à assimilação e tratamento de dados de agitação para um período de 71 anos (1950 – 2020). Estes foram obtidos por intermédio do modelo de reanálise de quinta geração de dados ERA5-ECMWF, que fornece informação com um intervalo de 3 horas entre dados. Os estudos de caso mostraram que os resultados médios da altura de onda significativa (Hs) e do período de pico de onda (Tp), em ambos os locais, não comprometem substancialmente o absoluto desempenho do dispositivo, frente às suas limitações, em modo de sobrevivência a condições adversas, como tempestades. Com uma maior latitude, a região da Aguçadoura comprovou ter uma maior potência média de energia das ondas (P = 25.84 kW/m), para uma possível captação de PCPOWEC igual a 119.45 kW, frente à região de Rio Grande, com P = 14.93 kW/m e PCPOWEC = 69.20 kW. Além de ser estudada a variabilidade energética ao longo de sete décadas, também é feita uma análise da variabilidade sazonal. É nítido que existe uma maior eficiência energética nos invernos europeu e sul-americano respetivos. A variabilidade sazonal é maior para o cenário português do que para o cenário brasileiro. Numa perspetiva comercial, consolidou-se o potencial das ondas em ambos os locais, estimando-se valores de investimento, orientados pelo custo nivelado de energia, a atender às metas de geração elétrica nacional, dado um esperado crescimento exponencial de produção em massa até 2030, através da fazenda de energia das ondas.
- Caracterização de balanços sedimentares face a alimentações artificiais: Casos de estudo de Aveiro e Figueira da FozPublication . Salgado, João Bernardo Lascasas; Abreu, Tiago André Martins de AzevedoOs processos erosivos, associados à pressão antrópica sobre o litoral, ao clima de agitação marítima altamente energético e à perda de sedimentos, são responsáveis pela caracterização da costa noroeste portuguesa, onde predomina uma elevada fragilidade geomorfológica. Estas variantes implicam ser desejável efetuar com regularidade uma monitorização da zona costeira, identificando os locais mais sensíveis à erosão e possibilitando uma gestão do litoral mais eficiente. As informações baseadas em dados de campo sobre a dinâmica sedimentar tornam-se, por isso, ainda mais relevantes para os gestores costeiros. O aumento do nível médio do mar e o aumento da frequência e intensidade das tempestades costeiras fazem com que os gestores costeiros necessitem, regularmente, de implementar soluções eficazes e sustentáveis para aumentar a resiliência da costa. Por exemplo, a recriação do perfil de praia com recurso a alimentações artificiais de areia procura restaurar o equilíbrio sedimentar, contribuindo para a sua dinâmica natural. O presente estudo pretende caracterizar e quantificar o balanço sedimentar nos litorais de Aveiro e da Figueira da Foz, analisando e avaliando a variabilidade morfológica das praias emersas e submersas. A partir de levantamentos topo-batimétricos, criaram-se modelos digitais de terreno, calcularam-se balanços sedimentares, permitindo, ao mesmo tempo, compreender o comportamento da morfodinâmica local face a intervenções antrópicas e ao clima de agitação marítima. A metodologia implementada utilizou dados topográficos e batimétricos adquiridos em campanhas de monitorização realizadas entre 2012-2018 para Aveiro e 2014-2016 para a Figueira da Foz. Os resultados descrevem as principais mudanças morfológicas e tendências de evolução, recorrendo a técnicas de Sistemas de Informação Geográfica (SIG). A criação de modelos digitais de terreno permitiu a construção de mapas de diferenças de volume e a definição de indicadores de erosão e acreção utilizados para caracterizar as alterações morfológicas. Os dados obtidos contribuem para a gestão e ordenamento do litoral, tendo em conta que todo o troço é de exposição elevada aos processos que provocam erosão costeira.
- Potencial Energético das Marés na Ria de AveiroPublication . Rocha, João Pedro Pereira da; Abreu, Tiago André Martins de AzevedoO crescimento do consumo mundial de energia levou a que o mundo procurasse novas formas de energia renovável de forma a moderar a nossa dependência em combustíveis fósseis que tanto prejudica o meio ambiente. A previsibilidade e a imaturidade tecnológica que permite a exploração de um mercado em desenvolvimento da energia das marés faz com que esta seja uma das soluções renováveis promissoras para substituir e diversificar as fontes de energia. O objetivo principal deste trabalho é avaliar a energia passível de ser extraída da Ria de Aveiro através de aproveitamentos de maré. Tal foi atingido através da aplicação de um modelo desenvolvido no programa Delft3D capaz de reproduzir a hidrodinâmica da laguna. Através do software, foram corridas simulações com o intuito de identificar as melhores zonas de exploração de energia potencial e de energia cinética. Para os locais de maior interesse, foram calculadas potências e energias anuais para ambas as tecnologias de aproveitamento de maré. Através da comparação dos resultados deste trabalho com literatura, concluiu-se que o potencial energético da Ria de Aveiro é considerável e que poderá ser interessante, num futuro próximo, ponderar albergar algum tipo de aproveitamento de maré.