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Os motores eléctricos, particularmente o motor assíncrono
de indução, são o tipo de máquina mais utilizada na indústria
em virtude da sua grande versatilidade, gama de potências, robustez, duração, reduzida manutenção, baixa poluição,
facilidade de produção e custos de aquisição relativamente
baixos. Como qualquer máquina, o motor eléctrico,
responsável pela conversão de energia eléctrica em
mecânica, apresenta perdas. O rendimento (ou eficiência) é
definido como sendo a razão entre a potência de saída (ao nível do veio de saída do accionamento) e a potência
eléctrica absorvida à entrada.
A produção de energia mecânica, através da utilização de
motores eléctricos, absorve cerca de 60% da energia
eléctrica consumida no sector industrial do nosso País, da
qual apenas metade é energia útil. Este sector é, pois, um daqueles em que é preciso tentar fazer economias,
prioritariamente. Os sistemas de accionamentos têm que ser
abordados como um todo, já que a existência de um
componente de baixo rendimento influencia drasticamente
o rendimento global. O êxito neste domínio depende, em primeiro lugar, da melhor adequação da potência do motor à da máquina que
ele acciona. Quando o regime de funcionamento é muito
variável para permitir este ajustamento, pode‐se equipar o
motor com um conversor electrónico de variação de
velocidade. Outra possibilidade é a utilização dos motores “
de perdas reduzidas”, de “alto rendimento”, ou “elevada eficiência”, que permitem economias energéticas
consideráveis.
Nos últimos anos, muitos fabricantes de motores investiram
fortemente na pesquisa e desenvolvimento de novos
produtos com o objectivo de colocarem no mercado
motores mais eficientes. O acordo voluntário obtido em 1999 entre a CEMEP (Associação Europeia de Fabricantes de
Motores Eléctricos) e a Comissão Europeia sobre o
rendimento de motores de 2 e 4 pólos, na gama de
potências 1,1 a 90 kW, foi revisto em 2004. Os motores foram classificados de acordo com o seu
rendimento:
‐ EFF1 – Motores de alto rendimento;
‐ EFF2 – Motores de rendimento aumentado;
‐ EFF3 – Motores sem qualquer requisito especial. No seguimento da directiva "Eco‐design Directive
(2005/32/CE) “ publicada em 2005 para Produtos que
consomem energia (EUP), a Comissão Europeia aprovou em
Julho de 2009 um regulamento de aplicação dos requisitos
de concepção ecológica para os motores eléctricos, com efeitos a partir de meados de 2011, dando aos fabricantes de
cerca de 2 anos para garantir que seus produtos cumprem a
referida directiva. O lote 11 da Directiva EUP (Energy Using
Products) descreve as orientações de design, a
compatibilidade ambiental, o impacte ambiental e o
consumo de energia de máquinas / motores eléctricos rotativos de alto rendimento. A directiva abrange os motores
de 2, 4 e 6 pólos, na gama de potências de 0,75 a 375 kW.
Neste âmbito, os motores passam a ser classificados por:
‐ IE1 (igual a EFF2) – com utilização proibida;
‐ IE2 (igual a EFF1) – com utilização obrigatória;
‐ IE3 (igual a Premium) – com utilização voluntária; ‐ IE4 (ainda não aplicável a accionamentos assíncronos).
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Instituto Politécnico do Porto. Instituto Superior de Engenharia do Porto. Área de Máquinas e Instalações Eléctricas. Departamento de Engenharia Electrotécnica