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Abstract(s)
Este trabalho tem como objectivo abordar um tema que permanece
em debate e que continua a ser matéria para investigação. Neste
primeiro artigo a nossa preocupação principal vai no sentido de
enquadrar, teoricamente, os problemas que sugeriram o seu título:
”Conflitos entre accionistas e gestores”. A abordagem teórica deste tema
é muito recente porque apenas na década de setenta foi dada a devida
atenção a esta problemática nos Estados Unidos, quando a economia
começou a funcionar menos bem, sendo apontada como causa imediata
da ineficácia das grandes empresas americanas a forte dispersão do
capital.
No fim do século passado, o surgimento e depois o desenvolvimento
de grandes empresas caracterizadas por uma dispersão acentuada do
capital nos Estados Unidos, parece ter conduzido os accionistas a
perderam o controlo do seu negócio em benefício de gestores
profissionais e este facto tem merecido muitos comentários entre os
teóricos da empresa. Um grande número entre eles acreditaram mesmo
ter havido uma espécie de perversão do sistema capitalista original,
inteiramente construído em torno do empresário que detinha ao mesmo
tempo a propriedade dos factores produtivos e todo o poder de decisão
na empresa. Esta posição não tem consistência teórica nem empírica,
porque não consegue explicar o importante desenvolvimento das
empresas onde a propriedade e a decisão estão nitidamente separadas,
e também não explica a contradição que existe, devido à perenidade das
”performances” óptimas, neste tipo de empresas.
Esta situação paradoxal permaneceu inexplicada até à década de
sessenta, época em que surge uma nova corrente de pensamento
económico (a teoria dos direitos de propriedade) que se propõe fornecer
uma explicação satisfatória da lógica do funcionamento da empresa.
Uma das mensagens desta teoria é que a razão de ser da empresa
capitalista moderna não pode ser entendida sem uma pré-explicação
das características do sistema jurídico que lhe está subjacente ou seja,
o regime de propriedade privada. Os prolongamentos da teoria dos
direitos de propriedade na teoria da agência apresentam uma nova
concepção de empresa, sendo esta caracterizada pela separação entre
propriedade e decisão.
Esta corrente faz parte dum corpo teórico que tem sido designado
por ”TEORIA MODERNA DA EMPRESA”, onde os objectivos da empresa, considerada como uma entidade em si, não são tratados
prioritariamente, outrossim é dada particular ênfase à análise dos
objectivos pessoais dos indivíduos que são parte integrante da vida da
organização.
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Gestão