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Abstract(s)
Na aproximação do milénio, as funções da música e o acesso à música estão a transformar-se
rapidamente. O antropólogo Merriam sugeriu que "provavelmente não há nenhuma outra actividade
humana cultural que seja tão inHuente e que alcance, modele e frequentemente controle tanto o
comportamento humano" (1964: 218) como a música, e a investigação psicológica está a começar a revelar
o enorme poder que a música pode exercer sobre as pessoas, de várias maneiras. O meu próprio interesse
reside nas funções psicológicas da música, que poderão genericamente ser resumidas em três domínios
principais, nomeadamente as funções cognitivas, emocionais e sociais. Nesta apresentação argumenta-se que
as funções sociais da música têm sido seriamente neglicenciadas e que, na verdade, estas funções
complementam as cognitivas e as emocionais em aspectos importantes.
Estas considerações devem estar no centro da educação musical. Considerando que as utilizações
da música aumentam e se diversificam é importante que os jovens estejam na linha da frente das mudanças
que estão a ocorrer e que assim possam tirar o máximo partido de eventuais benefícios. Isto é
importantíssimo sobretudo numa época em que, pelo menos no Reino Unido, a música está a lutar pela sua
sobrevivência como uma disciplina do currículo nacional, em resultado do pensamento recente do governo
acerca da importância das competências básicas, ou seja, os três "R" (Ler, escrever, contar). Precisamos de
ser capazes de mostrar que o quarto "R", "ritmo", pode promover benefícios na vida cognitiva, emocional e
social das crianças, o que o torna tão indispensável como o número e a literacia.
Esta apresentação engloba quatro áreas principais. Em primeiro lugar, abordam-se as
transformações sociais e tecnológicas que têm ocorrido na própria música, aproximadamente durante a
última década: o aumento das redes de computadores e o uso da Internet, a miniaturização e os custos
decrescentes do equipamento pessoal de audição, o impacto do sistema MIDI, estão a exercer uma inHuência
profunda na indústria da música e na educação musical. Em segundo lugar, referem-se algumas áreas
específicas de investigação em educação musical para ilustrar a importância do contexto social,
nomeadamente as preferências musicais dos adolescentes, os trabalhos de composição de crianças
realizados em grupo e o conceito de auto-identidade na formação de professores de música. Esta breve
abordagem leva a um resumo das funções sociais da música para o indivíduo, que parecem centrar-se na
auto-identidade, nas relações interpessoais e no humor. Finalmente, propõe-se uma nova agenda para a
investigação, centrada no contexto social.
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Instituto Politécnico do Porto. Escola Superior de Educação do Porto