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Impact of Telehealth on Health Outcomes and Quality of Life in the Older Adults Population: A Systematic Review

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Abstract(s)

The ageing global population, particularly in countries such as Portugal, poses major challenges to health and social care systems. Supporting older adults in managing chronic conditions while promoting independence and quality of life requires innovative approaches that extend beyond senior institutional care. Telehealth has emerged as a promising approach to enhance access, continuity, and patient engagement, potentially complementing ageing in community models, such as senior communities or communal housing. However, evidence regarding its effectiveness and best practices remains fragmented. This systematic review synthesised evidence from 37 studies and aimed to assess the effectiveness of telehealth interventions in health outcomes, quality of life, and well-being for adults aged 65 years and older. Interventions were diverse, spanning disease management, rehabilitation, health promotion, clinical decision support, and psychological support. Reported benefits included improved physical function, better chronic disease control, greater health knowledge, and reductions in avoidable hospitalizations, particularly with video-based programs. Telephoneonly interventions were generally less effective but proved useful when combined with remote monitoring, while group-based delivery and caregiver involvement strengthened adherence. Despite encouraging outcomes, evidence remains inconsistent regarding quality-of-life outcomes, cost-effectiveness, and scalability across populations. Community-based telehealth models were absent from the literature, though findings highlighted the importance of professional and caregiver support, the added value of group-based delivery, and the role of social interaction in adherence and motivation.
O envelhecimento demográfico constitui um dos maiores desafios contemporâneos para os sistemas de saúde e de proteção social em vários países tais como Portugal. Este fenómeno, apesar de representar uma conquista em termos de longevidade, levanta preocupações quanto à sustentabilidade futura dos cuidados de saúde, à organização de redes de apoio social e às condições necessárias para assegurar uma vida com qualidade e dignidade na velhice. Tendo em conta a evolução das estruturas familiares, marcada por famílias cada vez mais pequenas e redução de cuidadores informais, aliada à escassez de profissionais de saúde, reforça a necessidade de estratégias inovadoras que apoiem os mais velhos não apenas na gestão de possíveis doenças crónicas, como também na promoção de autonomia e envelhecimento ativo. Os modelos alternativos à institucionalização precoce assumem, neste contexto, particular relevância uma vez que permanecer na própria casa e ambientes familiares pelo maior tempo possível tem sido reconhecido como essencial para preservar a independência e o bem-estar emocional. Contudo, a complexidade crescente das necessidades sociais e de saúde em idades avançadas implicam um maior apoio. O conceito de Envelhecer em Comunidade surge desta forma como uma possível resposta ao promover redes de interação social, pertença e participação ativa, seja através de centros comunitários, residências partilhadas ou outros modelos coletivos. Em Portugal, estas soluções ainda são pouco disseminadas, limitando o acesso a alternativas aos lares seniores. Neste enquadramento, a digitalização da saúde apresenta-se como um aliado fundamental, onde soluções como a telessaúde permitem ultrapassar barreiras geográficas e temporais, oferecendo acompanhamento regular, monitorização remota e comunicação entre profissionais de saúde, doentes e cuidadores. Estas soluções digitais têm o potencial de capacitarem os mais velhos para um papel ativo e preventivo na gestão da sua própria saúde, podendo reduzir os custos associados a deslocações e equipas médicas, e favorecer o desenvolvimento de serviços de saúde tanto em comunidades como em residências seniores. Contudo, várias dúvidas persistem acerca da eficácia das diferentes modalidades de telessaúde na população idosa, bem como sobre a sua aplicabilidade em contextos comunitários. Esta lacuna motivou o presente estudo, cujo objetivo principal foi avaliar o impacto de intervenções de telessaúde em adultos com 65 ou mais anos, sintetizando a evidência encontrada quanto aos resultados em saúde, qualidade de vida e bem-estar, conectando estes resultados com os detalhes mais comuns das intervenções, permitindo obter por fim uma visão ampla que poderá apoiar a tomada de decisão. Foi então conduzida uma revisão sistemática que incluiu um total de 37 estudos publicados recentemente: 6 artigos de revisão e 31 artigos originais. A análise abrangeu múltiplas modalidades de intervenção classificadas em cinco áreas: gestão de doenças, reabilitação, promoção da saúde, apoio à decisão clínica e apoio psicológico. Os resultados evidenciaram benefícios significativos em várias dimensões. Programas de reabilitação mediados por videoconferência demonstraram melhorias na função física, equilíbrio e prevenção de quedas. Intervenções de gestão de doenças, que combinaram chamadas telefónicas com monitorização remota, foram eficazes no controlo da pressão arterial e da glicemia. Por sua vez, programas de promoção da saúde online aumentaram a literacia em saúde, perceções sobre o envelhecimento e redução do sedentarismo. O apoio à decisão clínica, sobretudo em lares e instituições, destacou-se pelo contributo na redução de hospitalizações não planeadas e na melhoria da coordenação entre equipas multidisciplinares. Já as intervenções de apoio psicológico demonstraram potencial para mitigar sentimentos de solidão, stress e depressão, problemas altamente prevalentes nesta faixa etária. Apesar de resultados encorajadores, verificaram-se inconsistências no que diz respeito à qualidade de vida, custo-efetividade e escalabilidade das intervenções. Outras limitações incluíram amostras reduzidas, curtos períodos de intervenção e a heterogeneidade metodológica, o que limitam a robustez das conclusões. Não foram encontrados estudos centrados em modelos de telessaúde implementados especificamente em contexto comunitário, como centros de dia, residências partilhadas ou quiosques digitais, suscitando a necessidade de mais investigação no futuro. Contudo, os indícios refletem que as intervenções em grupo, o acompanhamento profissional e a interação social são fatores determinantes para a adesão e eficácia de várias intervenções, sugerindo que estes modelos poderiam potenciar os benefícios já observados em contextos domiciliares ou institucionais. Em termos de implicações práticas, os resultados desta pesquisa sublinham que a telessaúde deve ser entendida não como um substituto integral dos cuidados tradicionais, mas como uma extensão complementar, que quando corretamente integrada terá o potencial de melhorar o acompanhamento dos mais idosos. Contudo, a sua implementação deverá considerar a diversidade de contextos dos pacientes, recorrendo a diferentes formas de telessaúde conforme a finalidade, como o demonstrado nesta dissertação. Em termos de soluções comunitárias, este enquadramento assume particular relevância, ao possibilitar ou até mesmo viabilizar a criação de residências sénior destinadas a idosos com baixo grau de dependência, respondendo de forma efetiva às suas necessidades sociais e de saúde.

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Telehealth Active ageing Ageing in place Ageing in community Older adults Systematic review Telessaúde Envelhecimento ativo Envelhecimento em casa Envelhecimento em comunidade Idosos Revisão sistemática

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