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Advisor(s)
Abstract(s)
Similarly to its past, Africa plays a similar role in the football world as it did
during History, if we look at the creation of some of the most powerful empires in the
world (the Portuguese, French or English, for example) – as an almost unlimited
workforce ‘supplier’.
Africa is still searching for its own place in the football world map. With a
recent history filled with social conflicts, civil wars and racial discrimination, it was
possibly in this continent that the sport was first seen as a means towards social
evolution and as ‘peacemaker’. Although these problems also exist in African stadiums,
supporters all over the continent go to matches to celebrate and socialize; in a reality
constantly shrouded in conflicts and oppression, football is like a ‘light at the end of the
tunnel’ to those who believe in a continent sustained by healthy political relations
between countries, democratic values and a socially fair ‘use’ of a country’s potential –
and always for the profit of its own people.
But while see the attempt to use football with that objective, others see it as their
ticket out of their country, to avoid getting involved in military conflicts and seek better
life conditions for themselves and their families (both those who accompany them and
those who remain in Africa). Others, still, try to make the most of others’ will to leave a
less favourable social reality; Portugal, for its past as a colonizing country, also saw in
the African players a way to develop the football phenomenon in its European territory.
This article attempts to analyze the influence of Portuguese colonialism in the
emigration of African players to Europe, since Portugal presents itself as one of the
biggest ‘importers’ of these players.
Um pouco à semelhança do seu passado, África desempenha, no mundo do futebol, o mesmo papel que desempenhou ao longo da História, na fundação de alguns dos impérios mais poderosos do mundo (português, inglês ou francês, por exemplo): o de “fornecedor” quase ilimitado de mão-de-obra. O continente africano ainda procura o seu lugar de destaque no mundo do futebol; com um passado recente repleto de episódios de conflitos sociais, guerras civis e discriminação racial, terá sido neste continente que o futebol começou a ser visto como ferramenta para a evolução social e como amenizador de conflitos. Ainda que estes problemas também existam nos estádios africanos, os adeptos aproveitam estas oportunidades em que há jogos de futebol para confraternizarem e celebrarem – numa realidade sempre envolta em conflito e opressão, o futebol representa uma “luz ao fundo do túnel” para os que acreditam ser possível criar um continente baseado em boas relações políticas entre países, em valores democráticos de eleição dos seus líderes e numa exploração socialmente justa do potencial do país e sempre em prol desse mesmo país. Mas, enquanto uns procuram utilizar o futebol no continente com esse objectivo, outros vêem no desporto a sua forma de sair do seu país e evitar o envolvimento em conflitos militares, bem como procurar melhores condições de vida para si e para a sua família (quer para a que o acompanha, quer para a que permanece em África). E outros procuram, ainda, obter o maior rendimento possível desta vontade de muitos em escapar a uma realidade social menos favorável; Portugal, pelo seu passado enquanto país colonizador, também procurou nos jogadores africanos uma forma de desenvolver o fenómeno do futebol no país. Este artigo procura reflectir sobre a influência do colonialismo português no fenómeno da emigração de jogadores africanos para a Europa, já que Portugal se apresenta como um dos maiores praticantes da “importação” de jogadores africanos.
Um pouco à semelhança do seu passado, África desempenha, no mundo do futebol, o mesmo papel que desempenhou ao longo da História, na fundação de alguns dos impérios mais poderosos do mundo (português, inglês ou francês, por exemplo): o de “fornecedor” quase ilimitado de mão-de-obra. O continente africano ainda procura o seu lugar de destaque no mundo do futebol; com um passado recente repleto de episódios de conflitos sociais, guerras civis e discriminação racial, terá sido neste continente que o futebol começou a ser visto como ferramenta para a evolução social e como amenizador de conflitos. Ainda que estes problemas também existam nos estádios africanos, os adeptos aproveitam estas oportunidades em que há jogos de futebol para confraternizarem e celebrarem – numa realidade sempre envolta em conflito e opressão, o futebol representa uma “luz ao fundo do túnel” para os que acreditam ser possível criar um continente baseado em boas relações políticas entre países, em valores democráticos de eleição dos seus líderes e numa exploração socialmente justa do potencial do país e sempre em prol desse mesmo país. Mas, enquanto uns procuram utilizar o futebol no continente com esse objectivo, outros vêem no desporto a sua forma de sair do seu país e evitar o envolvimento em conflitos militares, bem como procurar melhores condições de vida para si e para a sua família (quer para a que o acompanha, quer para a que permanece em África). E outros procuram, ainda, obter o maior rendimento possível desta vontade de muitos em escapar a uma realidade social menos favorável; Portugal, pelo seu passado enquanto país colonizador, também procurou nos jogadores africanos uma forma de desenvolver o fenómeno do futebol no país. Este artigo procura reflectir sobre a influência do colonialismo português no fenómeno da emigração de jogadores africanos para a Europa, já que Portugal se apresenta como um dos maiores praticantes da “importação” de jogadores africanos.
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Keywords
Futebol
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Instituto Politécnico do Porto. Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto