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  • Da consciência histórica à formação de professores (de ciências sociais)
    Publication . Moreira, Ana Isabel; Duarte, Pedro; Alves, Luis Alberto
    Cada vez mais, perante uma realidade em permanente mudança, parece inevitável reconhecer os docentes como intelectuais transformativos, com uma prática assente na reflexão e na criticidade. No que concerne às Ciências Sociais, particularmente no ensino da didática, assume-se como relevante investir na formação de profissionais que se envolvem na ponderação epistemológica sobre, por exemplo, a história e a educação; que querem ser construtores de currículo para ultrapassar o dogmatismo, o revisionismo, a distorção; que pensam criativamente os sentidos educacionais da aprendizagem histórica na sociedade atual. Com esta comunicação pretende-se refletir e propor linhas de ação na formação inicial de professores, no âmbito da didática das Ciências Sociais, partindo da consciência histórica compreensão alcançada de dimensões várias que enformaram as ações ou ideais dos protagonistas da história ao longo do tempo evidenciada por futuros professores da disciplina de história. Para tal, solicitou-se a cerca de 50 alunos a frequentarem dois mestrados profissionalizantes para o ensino da história, de duas instituições de Ensino Superior públicas no norte de Portugal, a elaboração de uma narrativa sobre a história daquele país de onde são naturais. De modo voluntário, durante meia hora, e sem preparação para a tarefa ou recurso a qualquer fonte informativa, haviam de redigir e materializar, tácita ou explicitamente, a experiência do sentido do tempo, numa representação denunciadora da compreensão histórica até então elaborada. Assim, procurar-se-á cruzar as especificidades da educação histórica (Rüsen, 2005; Barca, 2015) e o papel docente que lhe pode estar inerente, as potencialidades de uma formação em (didática das) Ciências Sociais para o sentido da responsabilidade profissional (Alves, 2001; Barton e Levstik, 2004; Avery, 2010) e a exigência contemporânea de uma formação de professores holística, integradora, que mitigue a alienação e a mera execução (Giroux, 2001; Nóvoa, 2017). Considera-se que será possível pensar sobre a formação de professores de Ciências Sociais que promove, ou não, a afirmação de agentes responsáveis e questionadores dos cânones implantados, assim como a presença, ou inexistência, de uma reflexão consequente, no ensino da didática, relativa à dimensão ideológica que marca práticas e processos educativos. Lendo, desde logo, a história de Portugal que professores ainda a experienciar tal realidade formativa decidem contar.