ISEP - DM - Computação e Instrumentação Médica
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A evolução da medicina associada ao desenvolvimento e inovação tecnológicos, conduz à aplicação generalizada dos computadores e técnicas de engenharia na instrumentação médica de diagnóstico e terapia, bem como na gestão e manipulação da informação das unidades de cuidados de saúde.
Esta evolução exige a formação adequada de engenheiros especialistas em computação e instrumentação médica.
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Browsing ISEP - DM - Computação e Instrumentação Médica by Subject "Acoustic Evaluation"
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- Avaliação Acústica da Fala AlaríngeaPublication . Cardoso, Elisabete Cristina de Oliveira; Coelho, Luís Filipe Martins PintoA reabilitação da comunicação – vocal – em indivíduos laringectomizados tem por desafio restaurar a qualidade da voz de pacientes impossibilitados de uma fonação laríngea. Quando um indivíduo apresenta cancro na laringe e o tratamento indicado é a laringectomia total, a maior alteração funcional é a ausência de fonação. Isto ocorre porque o indivíduo deixa de produzir voz laríngea e a introdução de fala alaríngea tornase imprescindível, para ultrapassar a perturbação da comunicação. Nestas situações, entre os métodos de fala existentes estão a voz esofágica (VE) e a fala com Prótese Traqueoesofágica (PTE). O estudo que se apresenta neste documento tem como objetivo principal definir padrões de medidas acústicas para VE e fala PTE em Português Europeu. Como objetivo secundário surge a contribuição com metodologias de suporte para o software LxReahb, em desenvolvimento, de aplicação de tecnologias de mHealth para o treino e recuperação vocal de laringectomizados totais. Para este estudo foram selecionados 10 sujeitos, anonimizados, da consulta de Terapia da Fala no Centro Hospitalar e Universitário do Porto – Hospital de Santo António, do sexo masculino, submetidos a laringectomia total. As vogais analisadas do português europeu foram as orais, apresentadas de forma escrita e combinadas com as consoantes /p/, /t/ e /k/ injetoras, ou seja, facilitadoras da emissão vocal alaríngea. Os sinais foram gravados a 44,1 kHz, a 16 bit, numa sala com um nível de ruído inferior a 40dB SPL, embora não acusticamente tratada. Para a realização da análise acústica das amostras foi utilizado o programa Praat, versão 6.1.03. O trabalho de investigação de campo incluiu a construção de uma base de dados constituída por 239 registos de voz, com graus de alteração diversos e devidamente anotados, em adultos com fala alaríngea do Português Europeu. O processo culminou com a análise da informação recolhida, descrição e discussão dos resultados obtidos. Definiram-se as medidas de TMF para VE e PTE (p=0,037). Além disso encontraram-se diferenças estatisticamente significativas, comparando a VE com a PTE, fo nas vogais /a/ e /i/ (p=0,004; p=0,000), 1º Formante em todas as vogais analisadas (p=0,001; p=0,016; p=0,002) e no 2º Formante na vogal /i/ (p=0,000) com 95% de confiança. Observando os resultados obtidos da relação do tamanho da prótese com as medidas acústicas encontramse diferenças estatisticamente significativas ao nível do 1º Formante (p=0,001; p=0,036; p=0,005) em todas as vogais; na vogal /a/ no 2º Formante (p=0,018) e HNR (p=0,022). Considerando os parâmetros com o tipo de tratamento acharam-se diferenças no 2ºFormante na vogal /i/ (p=0,018). Quando comparado o momento da colocação também se encontraram diferenças no 2º Formante na vogal /a/ (p=0,008).