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- Fatores que determinam a utilidade da informação financeira na tomada de decisãoPublication . Cepêda, Catarina Libório Morais; Monteiro, Albertina Paula MoreiraA informação financeira produzida pela contabilidade é para os gestores uma ferramenta imprescindível, dado que os pode auxiliar na tomada de decisões económias, o uso da informação financeira permite reduzir a incerteza e tomar decisões mais acertadas e com impacto positivo no desempenho das empresas (Mukhametzyanov & Nugaev, 2016). Este estudo para além de ter como objetivo analisar a importância e finalidade da informação financeira visa avaliar os fatores que tornam a informação financeira útil à tomada de decisão. Fatores esses que estão associados às caraterísticas da empresa e às caraterísticas individuais do gestor. Com base numa amostra de 157 contabilistas certificados, concluímos, com base na opinião destes, que o gestor atribui maior utilidade ao balanço e à demonstração dos resultados por naturezas e que, em geral solicita com frequência informação sobre vendas, custos e margem bruta, resultados operacionais, situação económica e financeira, valores a pagar e recursos humanos, para essencialmente cumprir obrigações fiscais, acompanhar a evolução das vendas, controlar os custos e melhorar a situação financeira. Concluímos ainda que os gestores de empresas de maior dimensão, com demonstrações financeiras mais completas, com mais experiência, antiguidade e com melhor performance, atribuem maior utilidade à informação financeira na tomada de decisão. Relativamente às caraterísticas individuais do gestor, os resultados mostram que o gestor que não é proprietário, que possui habilitações académicas ao nível do ensino superior e conhecimentos de gestão atribui maior utilidade à informação financeira na tomada de decisão. O sexo do gestor e a aptidão para este moldar os resultados contabilísticos não têm influência significativa na utilidade que atribui à informação financeira. Este estudo revela-se pertinente dado a escassez de estudos nesta área e em Portugal.
- A contabilidade criativa em Portugal: a perceção dos contabilistas certificadosPublication . Figueira, José Carlos Rodrigues; Monteiro, Albertina Paula MoreiraAs práticas de contabilidade criativa ocorrem como resultado da imprecisão do normativo contabilístico e no âmbito do quadro regulamentar contabilístico, mas também ocorrem pelo facto da criatividade humana desconhecer fronteiras (Gherai & Balaciu, 2011). Nem sempre as soluções encontradas pela contabilidade criativa estão erradas, mas a sua intenção e magnitude determina a verdadeira natureza e justificação da sua ocorrência (Shah, Butt & Tariq, 2011). A contabilidade criativa quando intencional distorce a informação contabilística e financeira, sendo possível, deste modo, manipular o comportamento dos stakeholders, influenciando o processo de tomada de decisão. Assim, prevê-se que as empresas portuguesas utilizem práticas de contabilidade criativa de modo a espelhar a imagem desejada e não a imagem real. Neste contexto, esta investigação consiste em analisar, na perspetiva dos contabilistas certificados, a magnitude da contabilidade criativa no contexto português. O estudo visa ainda analisar se as características individuais do contabilista certificado influenciam a sua perceção acerca da contabilidade criativa. Para alcançar os objetivos propostos, utiliza-se uma metodologia de natureza quantitativa. Com base numa amostra de 160 contabilistas certificados, os resultados deste estudo indicam que a maioria dos contabilistas certificados considera que: a contabilidade criativa é legal, porque é desenvolvida no âmbito do normativo contabilístico; apesar de se desenvolver contabilidade criativa nas empresas e de estas distorcerem a informação é possível confiar nas demonstrações financeiras; as práticas mais frequentes estão relacionadas com a depreciação/amortização de ativos, com a antecipação ou adiamento do reconhecimento de gastos, rendimentos ou provisões e com a omissão de informação nas demonstrações financeiras; os principais intervenientes de contabilidade criativa são os gestores, estando as suas motivações associadas à redução do custo do capital e à minimização dos impostos, dado que as empresas mais afetadas por este fenómeno são micro e pequenas empresas (na área dos serviços); os principais prejudicados são o Estado e a empresa; apesar de ser fácil de implementar é desejada a mitigação da contabilidade criativa de forma a obter informação financeira com maior credibilidade. Os resultados deste estudo revelam ainda que estatisticamente: a perceção da legalidade, da facilidade de implementar e a necessidade de atenuar a contabilidade criativa é influenciada pelas habilitações literárias, experiência e área de formação do contabilista certificado e que a perceção deste relativamente à facilidade de identificar a contabilidade criativa nas demonstrações financeiras é influenciada pelas suas habilitações literárias, género e área de formação. Este estudo revela-se importante para o desenvolvimento da literatura e para os usuários da informação contabilística e financeira.