Browsing by Author "Torres, Mariana Ferreira Amideo Carneiro"
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- Turismo de contrabando: estudo de caso no Norte de Portugal e GalizaPublication . Torres, Mariana Ferreira Amideo Carneiro; Liberato, PedroA temática da presente investigação incide sobre o turismo de contrabando na região Norte de Portugal/Galiza. O turismo de contrabando é um tipo de turismo realizado na zona raiana e que tem como principal objetivo mostrar aos turistas a forma como o contrabando era praticado e todas as implicações que eram apresentadas no momento da travessia de Portugal para Espanha, assim como os costumes e tradições. O turismo de contrabando tem um enorme potencial, mas não é, por ora, devidamente valorizado. Objetivo- O objetivo geral deste estudo consiste em compreender se o turismo de contrabando é um dos principais fatores de desenvolvimento dos destinos de fronteira Norte de Portugal/Galiza, analisar a real potencialidade deste tipo de turismo e perceber se pode ser uma das principais fontes de turismo desta e outras regiões transfronteiriças de Portugal. A presente investigação pretende ainda averiguar que rotas têm sido realizadas para promover o turismo de contrabando, assim como entender o papel da população e se esta tem um papel ativo. O objetivo deste estudo passa, finalmente, por perceber quais são os principais constrangimentos do turismo de contrabando. Metodologia- Na presente investigação, optou-se pela utilização de uma metodologia qualitativa, sendo o principal instrumento de recolha de dados selecionado a entrevista semiestruturada. Assim, foram realizadas dez entrevistas, três das quais, a representantes das principais entidades turísticas, localizadas no Norte de Portugal. Limitações e Implicações- Durante a realização deste projeto, surgiram algumas implicações. Primeiramente, e em virtude da falta de documentos referentes ao contrabando e ao turismo de contrabando em Portugal, houve uma dificuldade acrescida na investigação destes temas. Os documentos encontrados sobre o contrabando foram escassos, sendo importante para o turismo de contrabando a criação de documentos que explorem o contrabando, uma prática muito usada e conhecida no nosso país. Numa fase posterior, os problemas surgidos relacionaram-se com a recolha de dados, nomeadamente as entrevistas. De início foi muito difícil encontrar quem se disponibilizasse e quem tivesse conhecimentos suficientes sobre os dois temas centrais do estudo (contrabando e turismo de contrabando). Assim, e devido à situação em que nos encontramos, e após uma seleção e contacto com os entrevistados, o problema identificado foi a marcação das entrevistas. Devido à situação pandémica, em virtude da Covid-19, os entrevistados revelaram menos disponibilidade, o que impossibilitou uma rápida marcação das entrevistas, num horário que fosse vantajoso para as partes, o entrevistado e o entrevistador. Posto isto, outro constrangimento resultou do facto de haver poucas pessoas que conhecessem o turismo de contrabando, tendo-se tornado difícil obter respostas concisas às questões colocadas durante as entrevistas. Os entrevistados conseguiram desenvolver o tema do contrabando e o tema do turismo, mas nunca os dois em simultâneo. Devido a estes acontecimentos as entrevistas foram realizadas através da plataforma Zoom, à exceção de uma, realizada presencialmente, antes do confinamento. A pandemia impossibilitou a deslocação a diversas localidades da zona raiana, tendo sido apenas possível a deslocação antes do confinamento ao Espaço Memória e Fronteira, situado em Melgaço, e à Eurocidade Chaves-Verín, local onde foi feita uma recriação da rota usada tradicionalmente pelos contrabandistas em Vilarelho da Raia. Estas deslocações teriam sido uma mais valia no estudo, pelo facto de se poder conhecer na primeira pessoa o que era o contrabando e ouvir as memórias da população raiana. A Covid-19 também impossibilitou a realização de rotas do contrabando e a aplicação de questionários durante as mesmas, bem como a aplicação de entrevistas a turistas e a outros stakeholders e a antigos contrabandistas. A realização destas rotas teria sido interessante, durante a noite, visto que era nesta altura do dia que os contrabandistas faziam a maior parte das travessias, com os produtos contrabandeados habitualmente. O turismo de contrabando é um tipo de turismo que em Portugal é pouco realizado e pouco estudado. Assim, a recolha de informação sobre o tema foi um pouco limitada, tendo sido necessário recorrer a alguns documentos que tinham como foco lugares localizados fora de Portugal. Originalidade/valor- Este estudo vem enriquecer o tema do contrabando em Portugal, assim como turismo a que este está ligado e as suas principais potencialidades a valorizar, numa perspetiva estratégica.
