Browsing by Author "Serra, Carla Susana Pessegueiro"
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- Avaliação da análise de quimerismo misto como fator preditivo da recidiva em leucemias agudas após transplante alogénico de células estaminais hematopoiéticas. Correlação entre a análise do quimerismo e a imunofenotipagem da medula ósseaPublication . Serra, Carla Susana PessegueiroO transplante alogénico de células estaminais hematopoiéticas é considerado uma proposta terapêutica com grande potencial de sobrevivência a longo prazo como terapia após remissão nas leucemias mieloblástica aguda e linfoblástica B/T, cuja resposta aos tratamentos anteriores não foi efetiva. A recidiva e a consequente progressão da doença, são algumas das principais complicações no período após transplante que poderão levar a finais clinicamente incertos. Assim, os marcadores de monitorização do transplante devem ser reprodutíveis, altamente sensíveis e específicos na identificação da recidiva da doença. Alguns estudos sugerem a existência de uma correlação entre a avaliação do quimerismo e a doença residual mínima na medula óssea, cuja determinação e interpretação paralela destes parâmetros irá otimizar o valor preditivo da recidiva, na medida em que podem formar a base da estratégia de uma imunoterapia individual preventiva na recorrência da doença subjacente. Este estudo teve por objetivo avaliar a foi avaliar a presença de doença residual mínima na medula óssea e a presença de quimerismo misto no sangue periférico ao longo do follow-up dos doentes, submetidos a alo transplante de células estaminais com a finalidade de perceber se a presença de quimerismo misto seria um antecessor à presença de células neoplásicas na medula óssea. Foram utilizadas amostras de sangue periférico e medula óssea de 143 indivíduos com LMA e 80 indivíduos com LLA. As amostras foram colhidas entre janeiro de 2013 e dezembro de 2019, tendo sido feita a avaliação do quimerismo e a determinação da percentagem de células neoplásicas por imunofenotipagem, no pré-transplante, no primeiro momento de evidência de quimerismo misto e um ano após o transplante. Em ambas as patologias, relativamente à avaliação da DRM na medula óssea, nos dois períodos do estudo não se verificaram diferenças com significado estatístico (p=0,180 na LLA e p=1,000 na LMA). No entanto, na avaliação do quimerismo misto de ambas as patologias nos dois momentos do estudo, observaram-se diferenças com significância estatística (p=0,033 na LLA e p=0,008 na LMA). No follow-up dos doentes com LLA, 14 (50%) mantiveram o estado de quimerismo misto, 11 (39%) evoluíram de quimerismo misto para quimerismo completo e 3 (11%) apresentaram uma regressão de quimerismo completo para misto. Em relação à LMA, 26 (60%) dos doentes mantiveram o estado de quimerismo misto, 14 (33%) doentes evoluíram de quimerismo misto para quimerismo completo e 7 (5%) dos doentes regrediram de quimerismo completo para misto.Também se verificaram diferenças estatisticamente significativas no que diz respeito à evolução da avaliação do quimerismo misto ao longo do follow-up dos indivíduos (p=0.031, LLA e p=0,000, LMA). A maioria dos doentes de ambos os grupos apresentaram um quimerismo misto decrescente. De igual forma, verificou-se que a média de idades de doentes que efetivaram transplante foi de 43,8 anos (LMA) e de 31 anos (LLA) e a média do tempo de sobrevida foi de 11,1 meses na LMA e de 12 meses na LLA. No entanto, para confirmar as associações encontradas serão necessários estudos com amostragens mais significativas.