Browsing by Author "Ribeiro, Pedro Miguel Dias"
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- Estudo da incorporação da casca de arroz e da raspa de couro wet-white em solas para sapatosPublication . Ribeiro, Pedro Miguel Dias; Garrido, Ermelinda Manuela Pinto JesusNo âmbito da unidade curricular Dissertação/Estágio (DISEST) do segundo ano do Mestrado em Engenharia Química, ramo de Energia e Biorrefinaria do Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP), com a parceria da empresa Monteiro, Ribas Indústrias S.A na unidade Monteiro Footwear, desenvolveu-se um trabalho onde se pretendeu avaliar a incorporação da casca de arroz e da raspa de couro wet-white em solas para sapatos, de forma a criar um produto de cariz sustentável, do ponto de vista da biodegradação e do seu desempenho mecânico. Nesse sentido, foi produzida uma matriz base para solas de sapatos (Base 180.000), onde foram adicionados casca de arroz e raspa de couro wet-white respetivamente, na proporção de 40 % (m/m). Estes três produtos foram sujeitos a um ensaio de biodegradação, pelo método da compostagem acelerada durante 42 dias, sendo depois efetuados ensaios mecânicos (dureza, resistência ao rasgamento, resistência à abrasão, tensão de rotura e alongamento na rotura), perda de massa, calorimetria diferencial de varrimento (DSC) e observação por microscopia ótica invertida, antes e após a biodegradação. Analisando os resultados obtidos, pôde-se constatar que a sola contendo couro wet-white foi aquela onde foi observada a maior perda de massa com 11%, face aos 5% da sola com casca de arroz e 3% da Base 180.000. No que respeita aos resultados em DSC, verificou-se que a adição de couro wetwhite apresentava uma variação significativa dos valores da temperatura de onset antes e após ensaio de biodegradação. Sobre a sola contendo a casca de arroz, não se observou uma alteração significativa. No que se refere aos ensaios mecânicos, após a biodegradação, observou-se em geral uma diminuição nos valores dos parâmetros mecânicos, desde logo na Base 180.000 onde se verificou uma diminuição significativa, em particular nos parâmetros do alongamento e da tensão de rutura, com uma diminuição superior a 40%. No caso da mistura com o couro wet-white, os valores aproximaram-se daqueles obtidos pela Base 180.000, ou seja, com a degradação do couro wet-white esta sola torna-se numa sola mais lisa e mais suave ao toque. No que toca à mistura com a casca de arroz, observou-se uma sola bastante abrasiva, desintegrável e sem capacidade de deformação antes e após o ensaio de biodegradação.