Browsing by Author "PEREIRA, ALEXANDRO MANUEL DA SILVA"
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- BIM em Portugal: Análise de custos e benefíciosPublication . PEREIRA, ALEXANDRO MANUEL DA SILVA; Oliveira, Maria do Rosário SantosA comunicação entre profissionais de Arquitetura, Engenharia e Construção (AEC) historicamente apresenta dificuldades que frequentemente resultam em falhas de projeto e derrapagens do orçamento. Nesse contexto, a metodologia Building Information Modeling (BIM) surge como uma solução transformadora, ao integrar as diferentes disciplinas em um ambiente colaborativo. Guiada por normas, guias e manuais, essa abordagem não apenas reduz ambiguidades e aperfeiçoa a coordenação entre os intervenientes, como também promove maior eficiência, controlo de custos e prazos, além de elevar a qualidade em todas as fases do processo construtivo. A presente dissertação tem como objetivo analisar o panorama da implementação da metodologia em Portugal, identificando as suas aplicações, benefícios, desafios, bem como refletir sobre o seu potencial futuro. Para realizar esta análise foi realizada uma revisão bibliográfica sobre a evolução do BIM, os principais softwares utilizados e exemplos da sua implementação internacional, permitindo compreender as boas práticas e a maturidade da adoção desta metodologia noutros países. Em complemento, procedeu-se à utilização de um formulário enviado a empresas portuguesas de projeto, construção, fiscalização e consultoria, através do qual se recolhem dados relativos ao grau de utilização do BIM, ferramentas mais comuns, benefícios reconhecidos e ainda dificuldades encontradas. Os resultados evidenciam que, apesar de os benefícios do BIM serem amplamente reconhecidos, a adoção em Portugal permanece limitada e concentrada em algumas empresas de maior dimensão. As principais barreiras identificadas foram o custo elevado de implementação, a falta de conhecimento técnico especializado, a resistência à mudança e ainda a ausência de pressão regulatória. Conclui-se que o crescimento do BIM em Portugal depende de medidas, tais como, a redução dos custos de acesso, a promoção de formação especializada, a definição de políticas que incentivem ou obriguem à sua utilização em projetos públicos e a demonstração clara do retorno económico da sua implementação. Comparativamente com outros países europeus, Portugal apresenta um atraso significativo, o que reforça a necessidade de uma aposta estratégica nacional que permita acelerar a desenvolvimento do setor da construção.
