Browsing by Author "Moreira, Ana Filipa da Silva"
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- A Vida na comunidade de adultos apoiados nos CACI: uma abordagem participatória através do método de photovoicePublication . Moreira, Ana Filipa da Silva; Maia, Mónica SilveiraA promoção da vida e participação na comunidade é hoje um objetivo que norteia conceptual e procedimentalmente as respostas de apoio à inclusão de adultos com deficiência e incapacidade. Em Portugal, este desígnio está plasmado na atual legislação que regulamenta o funcionamento dos Centros de Atividade e Capacitação para a Inclusão (CACI) - apoiando uma transição para respostas de apoio que privilegiam planos de ação imersos na comunidade e alinhados com os objetivos pessoais de cada indivíduo. Apesar da prioridade política com que se aclama o direito à vida e participação na comunidade, pouco é ainda conhecido sobre a experiência de participação na comunidade destes adultos, nomeadamente, através da perspetiva dos próprios. Neste estudo pretende-se descrever o nível e experiência de participação na comunidade de adultos apoiados nos CACI. Partindo da perspetiva dos próprios implementou-se, primeiramente, uma pesquisa por inquérito em que participaram 105 adultos de três instituições de apoio. Desenvolveu-se, para o efeito, a tradução e adaptação para Portugal da versão modificada do Index de Envolvimento na Comunidade proposta por Bigby, Bould e Beadle-Brown (2015). Numa segunda fase de estudo, através do método de photovoice pretendeu-se aprofundar – através da participação de 7 adultos - as experiências de participação, identificando facilitadores e barreiras. Os resultados mostram que as vivências na comunidade são entendidas pelos próprios como profundamente positivas, a que se associa a expectativa de repetição e expansão. Confirmamos neste estudo que a participação é pobre na frequência, diversidade e conectividade com os outros, sendo uma realidade cumprida ainda através de “outings” com tempo contado – visitas, passeios... A rede de amizades limita-se por isso aos colegas e profissionais das instituições cujos contactos e experiências são modelados pelas possibilidades dos serviços. Há hoje um claro desencontro nas atividades que os participantes consideram significativas e as atividades que, efetivamente, fazem, o que nos reconduz à necessidade emergente da implementação de práticas centradas nas pessoas.