Browsing by Author "Mattos, Marcelo Oliveira de"
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- A sequência de fotos no vídeo documental e a receção de tempo e silêncioPublication . Baptista, Adriana; Mattos, Marcelo Oliveira deUma vez que a fotografia tem a capacidade de imobilizar o sujeito fotografado no tempo, é-lhe sistematicamente atribuído o poder de matar e de ressuscitar. Sabendo que a realização do vídeo documental se suporta, frequentemente, na imagem fotografada, ainda que esta não busque o movimento iminente dos sujeitos ou dos objetos, mas a fugacidade do instante prévio, síncrono ou póstumo ao acontecimento, considerámo-la capaz de captar, para além do sucedido, a fugaz imagem especular da alma do sujeito ou do objeto. As mãos e os olhos dos sujeitos são frequentemente produtores de expressões sinérgicas, capazes de falar retoricamente e agarrar o poder de construir o conhecimento do mundo através da legibilidade do silêncio. Neste trabalho, pretendemos sistematizar os objetivos que o cinema, suportado em fotografias com voz pós-síncrona, pode cumprir através da manipulação do silêncio, do ruído coerente e incoerente com a imagem e da voz-off e analisar a gestão da voz pós-síncrona enquanto estratégia retórica disponível para as ‘sound-bridges’ entre as fotografias e a instrução verbal mandatória sobre o processamento visual das imagens fixas. Escolhemos as masseiras, um terreno agrícola escavado abaixo da linha do horizonte, fugitivo do vento e do sal do mar e, nesta perspetiva, propomos a realização de um documentário sobre as masseiras, suportado pela fotografia fixa e pelo som síncrono entre a imagem parada no tempo e a voz e o vento que recuperaram a vida, trazendo através da sequência cinematográfica e do som não a ação, mas o tempo.
- A sequência de fotos no vídeo documental e a receção de tempo e silêncioPublication . Baptista, Adriana; Mattos, Marcelo Oliveira deUma vez que a fotografia tem a capacidade de imobilizar o sujeito fotografado no tempo, é-lhe sistematicamente atribuído o poder de matar e de ressuscitar. Sabendo que a realização do vídeo documental se suporta, frequentemente, na imagem fotografada, ainda que esta não busque o movimento iminente dos sujeitos ou dos objetos, mas a fugacidade do instante prévio, síncrono ou póstumo ao acontecimento, considerámo-la capaz de captar, para além do sucedido, a fugaz imagem especular da alma do sujeito ou do objeto. As mãos e os olhos dos sujeitos são frequentemente produtores de expressões sinérgicas, capazes de falar retoricamente e agarrar o poder de construir o conhecimento do mundo através da legibilidade do silêncio. Neste trabalho, pretendemos sistematizar os objetivos que o cinema, suportado em fotografias com voz pós-síncrona, pode cumprir através da manipulação do silêncio, do ruído coerente e incoerente com a imagem e da voz-off e analisar a gestão da voz pós-síncrona enquanto estratégia retórica disponível para as ‘sound-bridges’ entre as fotografias e a instrução verbal mandatória sobre o processamento visual das imagens fixas. Escolhemos as masseiras, um terreno agrícola escavado abaixo da linha do horizonte, fugitivo do vento e do sal do mar e, nesta perspetiva, propomos a realização de um documentário sobre as masseiras, suportado pela fotografia fixa e pelo som síncrono entre a imagem parada no tempo e a voz e o vento que recuperaram a vida, trazendo através da sequência cinematográfica e do som não a ação, mas o tempo.
- Valos: uma visão diacrónica e bucólica da horticultura nos campos masseiraPublication . Mattos, Marcelo Oliveira de; Ribeiro, Luís; Baptista, AdrianaA agricultura no concelho da Póvoa de Varzim foi estabelecida como atividade econômica no final do século XIX. Na freguesia de Aguçadoura foram implantadas a técnica de cultivo em campos masseiras. Esses terrenos agrícolas, servem para a proteção da ação dos fortes ventos vindos do mar, o famoso nortada. A construção dos campos masseira, foi um fator decisivo na cultura da região, tanto que os agricultores de Aguçadoura carregam essa história na alma. Por meio deste trabalho audiovisual intitulado “Valos”, procurou-se demonstrar a ação e as práticas agrícolas dos agricultores locais nas masseiras que ainda restam na região, a relação deles com os campos masseira e a história que envolve este facto. “Valos” se apresenta em um formato que une imagens fotográficas e áudio. As fotografias foram levantadas no local em questão, assim também como o áudio, que traz os depoimentos e relatos destes agricultores à tona. Por meio desta junção, imagem e texto verbal, se estabelece uma ligação entre representação e realidade. “Valos” assume uma voz própria, ganhando a condição de “representação” do mundo, passa então a ter uma presença singular do mundo, ao apresentar argumentos ou transmitir pontos de vistas próprios. Por fim, este trabalho se mostra como documento audiovisual, permitindo um resgate da memória local, dos campos masseiras e dos seus agricultores.