Browsing by Author "Gomes, Ana Francisca Ferreira"
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- Impacto de um programa de reminiscências com recurso à realidade virtual imersiva em pessoas idosas com défice cognitivoPublication . Gomes, Ana Francisca Ferreira; Coelho, Tiago; Portugal, PaulaO presente estudo teve como principal objetivo analisar o impacto de um programa de terapia de reminiscência, com recurso à realidade virtual imersiva e de terapia de reminiscência convencional sem imersividade, ao nível da sintomatologia psicológica e comportamental em pessoas idosas com défice cognitivo. Neste sentido, foi recrutada uma amostra por conveniência de 19 pessoas com défice cognitivo (entre o estadio três e seis na Escala de Deterioração Global) com idade igual ou superior a 60 anos, divididos de forma randomizada por três grupos: grupo experimental (terapia de reminiscências com recurso à realidade virtual com imersividade), grupo de controlo ativo (terapia de reminiscências convencional, não imersiva) e grupo de controlo passivo (ausência de intervenção). Todos os participantes foram sujeitos a uma avaliação pré e pós intervenção, através da aplicação dos seguintes instrumentos de avaliação: Montereal Cognitive Assessment, Índice de Barthel, Escala de Lawton & Brody, Escala de Qualidade de Vida na Doença de Alzheimer, Inventário Neuropsiquiátrico, Escala de Depressão Geriátrica e Escala de Perturbação de Ansiedade Generalizada. O programa de intervenção consistiu em 12 sessões porparticipante, que se realizaram bissemanalmente. A amostra era constituída maioritariamente por pessoas do sexo feminino (84,2%), casadas (42,1%), sendo a média de escolaridade de 7,3 anos e a média de idade de 80,6 anos. A análise estatística demonstrou que não existiram diferenças estatisticamente significativas entre os grupos nas variáveis sociodemográficas, à exceção da variável idade. No que concerne à cognição, da funcionalidade, da qualidade de vida, da sintomatologia depressiva, ansiosa e neuropsiquiátrica, os resultados demonstraram que não existiram diferenças significativas (p˃0,05) entre os dois momentos de avaliação, nos três grupos. Assim, ao contrário do indicado pela evidência científica, este estudo não demonstrou benefícios significativos da terapia de reminiscências sob as variáveis estudadas. Além disso, estes resultados não ilustram um valor acrescido relativamente à utilização de estímulos imersivos em programas de reminiscências em pessoas idosas com défice cognitivo, colocando-se a questão relativamente ao custo-benefício do uso deste tipo de tecnologias. Apesar do referido, parece pertinente e necessária a realização de mais estudos neste âmbito.