Browsing by Author "Costa, Nuno Filipe Pinho e"
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- Gestão de um resíduo de um fluído de cortePublication . Costa, Nuno Filipe Pinho e; Duarte, Abel José AssunçãoNo âmbito de formulação de uma tese de mestrado, foi apresentado um contexto-problema pela empresa WEG, que passa por encontrar uma solução para um resíduo final proveniente do processo industrial. Trata-se de uma mistura de efluentes de um fluído de corte, em forma de emulsão óleo em água, de concentração real média de 8 % (V/V) que pode ainda conter, quer dissolvidos, quer em suspensão, partículas metálicas provenientes do processo de maquinação. Várias alternativas surgiram, desde o tratamento do fluído à prevenção na fonte, nomeadamente a redução do caudal de entrada deste ou substituição por um resíduo de matriz vegetal que seja biodegradável e que não comprometa os equipamentos, a qualidade do produto maquinado ou o processo em si. Porém, as medidas de prevenção na fonte foram abandonadas devido à complexidade do estudo e da exigência de recursos e tempo (no caso da possibilidade de um novo fluído de corte), ou da impraticabilidade do método (no caso da redução do caudal de entrada do fluído de corte). Foram realizadas análises ao fluído de corte original e ao resíduo. Relativamente ao fluído de corte original, uma análise por espectrofotometria por infravermelho revelou uma probabilidade deste fluído apresentar grupos carbonilo, álcoois e ainda ligações duplas características de alcenos. Já uma análise por espectrometria por raio X revelou um teor de enxofre de 0,313 % (m/m) bem como uma presença mais forte (embora qualitativa) dos iões cálcio, escândio, titânio e vanádio e mais moderada dos iões germânio e gálio. Relativamente ao resíduo final, uma análise por espectrometria por raio X revelou um valor médio do teor de enxofre de 0,0335 % (m/m), bem como resultados de presença de iões muito semelhantes às do fluído de corte original, salientando apenas um acréscimo da presença de zinco, que se acredita ser do desgaste dos esmeris durante o processo. Obteve-se ainda valores médios de 2797 mg.L-1 para os sólidos suspensos totais, 8,86 para o valor de pH e para a condutividade um valor médio de 1221 µS.cm-1 . Diversos ensaios experimentais que visam a quebra da emulsão foram realizados, como flotação por ar e por ar dissolvido, coagulação e ainda uma mistura das operações de acidificação, arrefecimento e adição de cloreto de sódio. Destes, apenas este último levou a um resultado positivo no que toca à quebra da emulsão, pelo que foi possível a obtenção de duas fases distintas, conseguindo-se a separação destas fases através de um processo de decantação. Apesar do não ter sido possível ainda o tratamento completo do efluente de resíduo, a separação das duas fases permite a simplificação de tratamento deste resíduo, bem como a possibilidade de redução deste caudal em cerca de 92 %, contribuindo economicamente e ambientalmente para o desenvolvimento da empresa.