Browsing by Author "Alves, Ana Rita de Barros Calheiros"
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- Testes de ecotoxicidade usando microalgas como complemento da avaliação da eficiência do tratamento de águas residuaisPublication . Alves, Ana Rita de Barros Calheiros; Figueiredo, Sónia Adriana Ribeiro da CunhaA qualidade da água é principalmente influenciada pela presença de poluentes. A seleção dos tratamentos a usar deve ser baseada na otimização da sua eficiência e sustentabilidade. O presente trabalho teve como objetivo a avaliação da ecotoxicidade utilizando a microalga Raphidocelis subcapitata, antes e após diversos tratamentos terciários de águas residuais, de forma a complementar a avaliação da eficiência dos tratamentos. Os ensaios realizados foram baseados no teste de inibição para algas descrito no Regulamento (EU) 2016/266 da Comissão de 7 de dezembro de 2015, que, por sua vez, se baseia no documento “Guidelines for the Testing of Chemicals: Freshwater Alga and Cyanobacteria Growth Inhibition Test”, OCDE 2011. A resposta do sistema foi obtida através da comparação do crescimento da cultura exposta a uma determinada concentração com o crescimento das culturas de controlo. Realizaram-se ensaios com águas provenientes de uma estação de tratamento de águas residuais urbanas: após tratamento secundário e terciário (ultrafiltração, ultravioleta e plasma não térmico). Observou-se que, no caso do tratamento secundário existe inibição de crescimento, obtendo-se uma concentração efetiva que causa 50% de inibição na população (CE50) igual a 49,7%. Para o caso do tratamento UV observou-se uma inibição pouco significativa (CE10= 69,6%). Nos restantes tratamentos terciários avançados, observou-se que todos os tratamentos potenciaram o crescimento da microalga. Realizaram-se, também, ensaios com águas provenientes de um tratamento eletroquímico avançado (processo eletroquímico 3D) de forma a avaliar os efeitos do tratamento ao nível da ecotoxicidade e capacidade de remoção de fármacos. Inicialmente, testou-se água ultrapura com uma concentração conhecida de NaCl, usado como eletrólito, antes e após o tratamento e verificou-se que o tratamento aumentava a toxicidade (CE50=2,57%), devido à presença de espécies reativas de cloro. De seguida, aplicou-se o mesmo tratamento a água ultrapura, na presença de sulfametoxazol e trimetoprim (e do eletrólito), e observou-se que quanto maior for a densidade de corrente aplicada, maior a taxa de remoção dos fármacos. Por fim, aplicou-se o tratamento eletroquímico 3D a uma água residual na presença e ausência de NaCl, e verificou-se que o tratamento mais eficiente foi na presença do eletrólito, onde se observou uma maior taxa de remoção dos fármacos, no entanto, obteve-se um valor de CE50 igual a 2,9% devido às espécies reativas de cloro geradas no tratamento.