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  • Intervenção sistémica em famílias multidesafiadas: Revisão sistemática da literatura
    Publication . Serrão, Carla; Borges, Ana; Santos, Ana; Monteiro, Filipa
    As famílias multidesafiadas encontram-se expostas a diversos e concorrentes fatores de risco que, de certa forma, bloquearam o processo desenvolvimental do sistema familiar (Alarcão, 2000). É neste sentido que se perspetiva que toda a intervenção deve ter por base uma abordagem sistémica, com vista ao reforço das potencialidades e à estimulação dos recursos do próprio sistema e dos seus fatores de proteção. A identificação e valorização dos fatores positivos do sistema, ainda que o mesmo esteja submerso na obscuridade dos diversos desafios, permite o avanço para uma intervenção orientada para um olhar mais benigno sobre as famílias e assente na participação e corresponsabilização, bem como no comprometimento dos indivíduos (Almeida, Ferreira, Souza, & Serrão, 2016). A tónica deverá centrar-se em auxiliar o sistema a resolver as suas crises (normativas/não normativas), pelo incitamento dos processos de resiliência, contornando a vulnerabilidade e a tendência para a reprodução de situações de risco. O envolvimento e a participação ativos dos diferentes elementos do sistema familiar são os ingredientes fulcrais na intervenção sociofamiliar de abordagem sistémica (Serrão, 2016).
  • Cuidados paliativos na adolescência
    Publication . Serrão, Carla
    Nas últimas décadas, a expansão tecnológica e avanços médicos trouxeram inegáveis progressos em todas as especialidades da saúde. Este novo contexto permitiu a redução da taxa da mortalidade infantil e, complementariamente, possibilitou um aumento das taxas de sobrevida de crianças/ adolescentes com doenças graves, potencialmente letais e limitadoras da vida (Bergstraesser, 2012). Apesar de todo este avanço, alguns casos não respondem aos tratamentos atualmente disponíveis, necessitando de cuidados paliativos complexos, que têm como objetivo primordial proporcionar o controlo mais adequado dos sintomas e melhorar a qualidade de vida da criança, do adolescente e da sua família. Os Cuidados Paliativos Pediátricos, embora derivem da Medicina Paliativa dirigida a adultos, exigem especiais abordagens que visam prestar um cuidado ativo e total à criança/adolescente, no contexto do seu corpo, mente e espírito, bem como oferecer suporte a toda a sua família (WHO, 1998). É um processo que se inicia “quando a doença é diagnosticada e continua independentemente da criança/adolescente receber ou não tratamento dirigido à doença. Para tal, devem “ser avaliados e aliviados os sinais de sofrimento físico, psicológico e social” e desenvolvidos a partir de uma “abordagem multidisciplinar que inclui a família e usa os recursos disponíveis na comunidade”. (WHO, 1998, p. 8). As discussões científicas e os impulsos legais e normativos que, em termos mundiais e nacionais, têm surgido sobre este processo, têm sido substanciais no reforço ao valor fundamental da dignidade da pessoa humana. Ora, deste pilar decorrem todo um conjunto de princípios bioéticos que importa refletir, criticar e questionar. É precisamente sobre esta temática que se debruça esta reflexão.
  • Representações e Perceções de um Grupo de Profissionais sobre a medida de Regulação das Responsabilidades Parentais
    Publication . Silva, Dora Gisela; Silva, Sofia; Serrão, Carla
    O divórcio é considerado uma interrupção no tradicional ciclo de vida familiar. Quando este acontece num sistema familiar que envolve diferentes subsistemas – conjugal e parental –, exige dos adultos a capacidade de “manter os papéis sociais e sexuais inteiramente separados, enquanto continuam cooperando como pais para o bem dos filhos” (Wallerstein & Kelly, 1998, p. 349). Ora, nem sempre isto acontece e sendo o divórcio um evento complexo que integra uma série de mudanças legais, psicossociais e económicas entrecruzadas e que se estendem ao longo do tempo, é perfeitamente compreensível as dificuldades que pais e mães mostram neste processo. É fruto desta cadeia de mudanças que os conflitos se amplificam e quando não há acordo entre os pais quanto à regulação das responsabilidades parentais, a Assessoria Técnica de Apoio aos Tribunais é chamada a intervir na tomada de decisão. É neste cenário que surge a motivação em elaborar este estudo que tem como objetivo conhecer as representações sociais e perceções de um grupo de profissionais quanto à regulação das responsabilidades parentais, no que diz respeito à residência habitual do menor com regime de visitas alargado. Para a concretização deste objetivo foi desenvolvida uma entrevista de grupo com a participação de nove profissionais que exercem a sua atividade no âmbito da Assessoria Técnica aos Tribunais. Os dados revelam que os participantes consideram que a residência habitual com regime de visitas alargado é o modelo que melhor asseguram o bem-estar dos menores e a coparentalidade entre progenitores, assegurando, assim, o interesse superior da criança.
  • Burnout, resilience, and subjective well-being among Portuguese lecturers’ during the COVID-19 pandemic
    Publication . Castro, Luísa; Serrão, Carla; Rodrigues, Ana Rita; Marina, Sílvia; dos Santos, José Paulo Marques; Amorim-Lopes, Teresa Sofia; Miguel, Carla; Teixeira, Andreia; Duarte, Ivone
    Background: Lecturers face a large wide of occupational stressors. If the prolonged stress and the symptomatology associated with the working conditions to which lecturers were exposed were already a concern before the pandemic, the pandemic may have exacerbated this psychosocial vulnerability. Burnout is a psychological syndrome that develops in response to chronic work stress. This study aims to describe burnout amongst lecturers working in Portugal and to analyse potential determinants of burnout during the COVID-19 pandemic. Methods: A cross-sectional study was performed using an online questionnaire distributed via social networks. The survey collected sociodemographic and sleep patterns data in addition to applying the Copenhagen Burnout Inventory (personal, work- and student-related burnout), the Resilience Scale, the Depression Anxiety and Stress Scales, and the Satisfaction with Life Scale. Results: The sample included 331 lecturers from 35 different colleges and faculties. Three significant models explained personal (R2 = 54%), work- (R2 = 47%) and student- (R2 = 19%) related burnout. Lower levels of resilience and higher levels of depression and stress were significantly associated with personal and work-related burnout. Changes in sleep patterns were additionally associated with both personal and work-related burnout. Conclusion: Higher education institutions must recognize the impact of the work environment and organizational culture on faculty mental health and take proactive measures to improve this environment. These institutions can implement support strategies such as educational technology training, professional development programmes, emotional support resources, and workload flexibility. Implementing measures to enhance lecturers’ resilience and overall life satisfaction could potentially help mitigate burnout and improve the well-being of educators, ultimately contributing to the overall quality of education.
  • Impact of COVID-19 on medicine lecturers’ mental health and emergency remote teaching challenges
    Publication . Miguel, Carla; Castro, Luísa; Marques dos Santos, José Paulo; Serrão, Carla; Duarte, Ivone
    COVID-19 has presented a novel pedagogical challenge in dealing with the sudden shift from classic instruction to emergency remote teaching (ERT). It had an impact on the well-being and mental health of lecturers, increasing burnout risk. A cross-sectional, quantitative, qualitative and analytical online study was conducted to collect participants’ sociodemographic data, responses to ERT open-ended questions and mental health assessments using relevant instruments (CBI for burnout, Resilience Scale, DASS for depression, anxiety and stress, SWLS for satisfaction with life). High personal burnout levels were found in 41.2% of participants, high work-related burnout in 37.3% and high student-related burnout in 15.7%. Satisfaction with life, sleep routine changes and stress were determinants for personal burnout; stress and resilience for work-related burnout; satisfaction of life and sleep routine changes for students-related burnout. Opportunities for pedagogical innovation were pointed out as the main advantages to ERT, while the main negative impacts were on practical lessons and social interaction. Students and lecturers’ safety and adequate institutional support might be insured, considering their expectations and needs, promoting mental health. Combining the advantages of online and traditional methods in a so-called “blended learning” approach, with close collaboration and communication between all those involved, appears to achieve better results.
  • Climatério feminino: Representações, qualidade de vida e sintomatologia
    Publication . Serrão, Carla
    A presente dissertação centra-se na fase desenvolvimental do climatério feminino. O climatério consiste na fase de transição entre a fase reprodutiva e não reprodutiva, no qual intervêm factores fisiológicos, psicológicos e sócio-culturais. A investigação centrou-se no estudo de duas fases climatéricas: a perimenopausa e a pós-menopausa. Objectivos do estudo: (a) validar o MENQOL e o MRQ para a população portuguesa; (b) caracterizar a amostra em termos das variáveis em estudo (representações sociais, qualidade de vida e sintomatologias física e psicológica), visto em Portugal não existirem estudos neste âmbito sobre mulheres perimenopáusicas e pós-menopáusicas; (c) avaliar as diferenças entre as mulheres perimenopáusicas e pós-menopáusicas, em termos de representações sociais, das qualidades de vida e da sintomatologia; (d) e, avaliar as possíveis associações entre as variáveis em estudo. Procurando-se, permanentemente, compreender o climatério a partir das vivências e representações que as mulheres constroem sobre esta etapa desenvolvimental. A amostra incluiu 200 sujeitos em fase perimenopáusica (n=85) e pós-menopáusica (n=115), com idades compreendidas entre os 41 e os 55 anos. As participantes foram avaliadas segundo as seguintes variáveis: sintomatologia, representações sociais e qualidade de vida. Para isso, foram utilizados os seguintes instrumentos: instrumento de avaliação da qualidade de vida (MENQOL); questionário de representações sociais da menopausa (MRQ); Inventário de Estado e Traço de Ansiedade (STAI); e o Inventário de Depressão de Beck (BDI). Resultados: nervosismo e ansiedade são as queixas que têm maior prevalência na amostra estudada; as pós-menopáusicas apresentam pior qualidade de vida sexual comparativamente com as perimenopáusicas, não se registando diferenças entre os grupos nos restantes domínios investigados; existência de uma correlação negativa entre representações sociais do climatério e a sintomatologia sexual; na globalidade, verifica-se que as mulheres climatéricas têm representações sociais positivas em relação a este processo desenvolvimental; nas pós-menopáusicas existe uma correlação negativa entre representações sociais positivas e a deterioração da qualidade de vida (em todos as áreas avaliadas); nas perimenopáusicas, somente se verifica a existência de correlações negativas entre representações sociais e sintomatologia vasomotora e psicossocial; a amostra apresenta baixos níveis de ansiedade (STAI) e depressão (BDI); e, a variável que melhor prevê as sintomatologias ansiosa, depressiva, psicossocial, sexual, física e vasomotora, são as representações sociais do climatério.
  • Qualidade de vida profissional e literacia em demências e cuidados paliativos dos ajudantes de ação direta em contexto ERPI, na cidade de Vila Nova de Gaia
    Publication . Vieira, Daniela; Catro, Luísa; Duarte, Ivone; Serrão, Carla
    As estruturas residenciais para pessoas idosas constituem-se como uma resposta social de alojamento temporário ou definitivo, que desenvolve um conjunto serviços com vista a responder às diversas necessidades biopsicossociais das pessoas idosas. Têm como objetivo central proporcionar a qualidade de vida e bem-estar das pessoas mais velhas, nomeadamente, daquelas que vivem em situação de doença prolongada, incurável e progressiva. Uma das classes profissionais que intervém no processo cuidativo desenvolvido nas estruturas residenciais, é a ajudante de ação direta que, a par de apoio instrumental, deverá contemplar transversalmente uma ação personalizada e humanizada. Contudo, a exposição permanente ao sofrimento e as exigências de suporte emocional e físico, podem comprometer não apenas a qualidade dos cuidados, mas também a saúde geral da/o ajudante de ação direta. O presente estudo teve como objetivos: avaliar a qualidade de vida profissional; analisar a literacia em saúde sobre demências e cuidados paliativos de uma amostra de ajudantes de ação direta. Trata-se de um estudo transversal, observacional, quantitativo, de natureza analítica. Participaram 70 ajudantes (92.9% do sexo feminino; e com mediana de idades de 49 anos). Os resultados evidenciam que a maioria apresenta níveis elevados de gratificação e prazer na prestação de cuidados às pessoas idosas e níveis moderados de fadiga por compaixão. Em geral, a amostra evidencia atitudes positivas face à demência.
  • Impact of COVID-19 pandemic on the mental health of healthcare workers during the first wave in Portugal: a cross-sectional and correlational study
    Publication . Duarte, Ivone; Pinho, Rita; Teixeira, Andreia; Martins, Vera; Nunes, Rui; Morgado, Helder; Castro, Luísa; Serrão, Carla
    Objectives The COVID-19 pandemic has had a negative impact on the mental health of healthcare workers (HCWs) worldwide. This study aims to identify the degree to which sociodemographic variables and indicators of subjective well-being and psychological resilience are associated, positively and negatively, with the outcomes of burnout, stress, depression and anxiety among Portuguese HCWs observed during the first wave. It also aims to evaluate the strength of association of these variables and indicators with each outcome. Design Cross-sectional quantitative study. The statistical methods used are simple logistic model, multiple logistic regression model and −2*log-likelihood statistic. Setting Portuguese HCWs living in Portugal and working in the Portuguese healthcare system. Participants The study included 1535 professionals, with a mean age of 38 years. Primary and secondary outcomes measures Psychological variables were measured by Copenhagen Burnout Inventory, the Resilience Scale, the Depression, Anxiety and Stress Scales and the Satisfaction with Life Scale. Results High levels of personal (55%; n=844), work-related (55.1%; n=846) and client-related burnout (35.4%; n=543) were found. Additionally, participants expressed substantial levels of depression (28.7%; n=441), stress (36.4%; n=558) and anxiety (33.1%; n=508). About 1202 participants (78.3%) demonstrated moderate-to-high levels of resilience. Profession, work regime during the pandemic, having a health problem, resilience and satisfaction with life are independent variables significantly associated with the outcomes of burnout, stress, depression and anxiety. Satisfaction with life was the independent variable that had a major association with all outcomes. Conclusions Governments and hospital administrations should take action to promote resilience and satisfaction with life as these variables are protective relating to mental health problems. Interventions as educational sessions, psychological support at work, programmes promoting resilience and coping mechanisms and better work conditions may improve mental health. The implementation of measures to protect healthcare students from developing prejudicial outcomes seams very adequate and important.