Cardoso, Maria Inês Silva Teixeira2019-06-112019-06-112017978-989-8471-26-0http://hdl.handle.net/10400.22/13951Resumo A identidade profissional (IP) é entendida como um processo dinâmico e evolutivo, (re)construído em interação (Dubar, 1997; Mead, 1962), que congrega duas dimensões: a individual e a coletiva (Lopes, 2007; Stets & Burke, 2000). A dimensão coletiva envolve a partilha de significados e de representações sociais no interior de comunidades de prática (CoP) (Wenger, 1998), onde se estabelecem práticas comunicacionais favoráveis à reconstrução da IP durante a formação. O presente estudo visa compreender a influência do contexto de estágio na formação dos futuros professores, tendo em conta as perspetivas discursiva e de afinidade propostas por Gee (2001), o conceito de CoP desenvolvido por Wenger (1998) e o entendimento partilhado por Clandinin e colegas (2006) e por Sfard e Prusak (2005), de que a (re)construção da identidade docente poderá ser interpretada através de narrativas ou autodiálogos. O principal objetivo é compreender o modo como os estagiários aprendem a ser professores em CoP e como é que a própria CoP evolui para os apoiar no seu esforço de desenvolvimento pessoal e profissional, sob o olhar interno do professor cooperante, num cruzamento de perspetivas entre formador e formandos. Utiliza uma metodologia qualitativa, com recurso a grupo focal, entrevistas individuais e diários de bordo. Concluiu-se que o processo de estágio transformou os modos de ser e de agir dos formandos, razão pela qual a importância atribuída ao funcionamento da CoP transcendeu o processo através do qual cada estagiário aprendeu a ser professor. Tratou-se de uma aprendizagem coletiva, em que todos contribuíram para a co-construção da identidade da própria CoP.porIdentidade docenteAutoetnografiaComunidade de práticaFormação de professoresReconstrução da identidade profissional em comunidades de práticajournal article