Alexia Dotras Bravo2018-10-012018-10-012018978-972-745-244-6http://hdl.handle.net/10400.22/12012Num mundo indubitavelmente global, a aprendizagem de línguas estrangeiras (LE) revela-se cada vez mais imprescindível e urgente. A crescente mobilidade internacional a par da consequente cidadania europeia e mundial concorrem para a promoção inevitável da diversidade linguística e para o desenvolvimento de competências comunicativas e interculturais, tão apregoadas pelos órgãos de governação educativa europeus. Neste contexto, o Conselho da Europa, com a criação do Portefólio Europeu de Línguas, incentiva a aprendizagem de várias línguas estrangeiras não só dentro e fora do sistema escolar, mas também como meio de facilitar a mobilidade global, implicando inevitáveis e necessárias adaptações linguísticas ao país de acolhimento. Neste sentido, o processo ensino/aprendizagem das línguas estrangeiras deve ter também em conta a necessidade de incorporar elementos culturais e literários na prática letiva pela sua pertinência no desenvolvimento de competências linguísticas. Também o Quadro Comum Europeu de Referência para as Línguas (QECR) veio impor transparência, uniformidade e coerência nos níveis de competência a alcançar nas línguas estrangeiras com vista a uma aprendizagem cada vez mais próxima de contextos reais de comunicação, sustentada por uma abordagem comunicativa. Além disso, novos métodos de ensino pretendem melhorar eficazmente a relação dos aprendentes com as línguas estrangeiras. Desta forma, colocam-se novos desafios ao ensino das línguas estrangeiras não apenas em Portugal, mas também a nível europeu, visando potenciar a relação sociolinguística e cultural que subjaz à aprendizagem das línguas estrangeiras. Neste contexto, o Colóquio Internacional de Línguas Estrangeiras (CILE) foi pensado e organizado no sentido de se constituir como uma visão abrangente sobre as múltiplas facetas das línguas estrangeiras, que vai para além de questões meramente linguísticas. “De uma língua para a outra: perceções culturais e linguísticas” constituiu, portanto a grande linha orientadora do Colóquio. As expressões culturais, literárias e artísticas fluem natural e inevitavelmente das línguas, daí a facilidade em atribuir um duplo sentido à sigla CILE que pode também simbolizar culturas e identidades, assim como a fusão das literaturas e línguas estrangeiras, consubstanciada no neologismo litero-línguas. Este volume resulta, portanto, das comunicações apresentadas no I CILE (2015) e norteia-se pelos seguintes objetivos: reunir investigação no sentido de discutir questões da atualidade no domínio das línguas e nas suas diversas manifestações; dar voz a tendências recentes no ensino das línguas; partilhar experiências de ensino; refletir sobre os desafios do ensino das línguas estrangeiras não apenas em Portugal, como a nível internacional; debater o uso da LE como ferramenta de sobrevivência para uma integração no mundo novo, problematizando, nesta sequência, a questão identitária.porTraduçãoCulturas, identidades e litero-línguas estrangeirasbook