Silva, LisseteOliveira, Ana IsabelPinho, Cláudia2024-07-262024-07-262023-09Silva, L., Oliveira, A. I., & Pinho, C. (2023). Atividade antioxidante de diferentes extratos do fungo Laurobasidium lauriisolado e em mistura com plantas medicinais. Proceedings of Research and Practice in Allied and Environmental Health 2023 - XVIII Colóquio de Farmácia: Papel da Farmácia em Oncologia, 1 (2), 14.2975-9420http://hdl.handle.net/10400.22/25820Os cogumelos medicinais, por serem ricos em compostos fenólicos, terpenos, polissacarídeos, e vitaminas, possuem diversas atividades biológicas, entre elas a atividade antioxidante, desempenhando um papel fundamental no desenvolvimento de novos fármacos. Na floresta Laurissilva madeirense é possível encontrar, a parasitar predominantemente a espécie vegetal Laurus novocanariensis, um fungo denominado Laurobasidium lauri(Madre-de-louro). Tendo em conta que é utilizado tradicionalmente, como macerado em 55% de álcool, para reumatismo e dores lombares, e, em particular, em problemas uterinos. Este trabalho tem como objetivo avaliar a atividade antioxidante, in vitro, de extratos de L. lauri, de forma isolada ou em mistura com plantas de uso popular na ilha da Madeira. Estudo experimental, com avaliação da atividade antioxidante de um extrato aquoso e um extrato etanólico 55% (V/V) de L. lauriisolado e em mistura com três plantas medicinais, a alfavaca (Parietaria judaica L.), a sempre-noiva(Polygonum aviculare L.) e a canela-branca (Peperomia galioides Kunth). Para tal recorreu-se ao ensaio do radical ,2-difenil-1-picril-hidrazilo (DPPH·), ao ensaio da ferrozina e ao ensaio do poder redutor do ferro (FRAP). Foi ainda determinado o teor de compostos fenólicos totais. No ensaio do radical DPPH·, os melhores valores foram observados para o fungo isolado, tanto no extrato aquoso (IC50 = 69,8 ± 5,5 μg/mL), como para o extrato etanólico (IC50 = 18,9 ± 2,2 μg/mL). No caso de extratos de produtos naturais, sabe-se que amostras com um IC50< a 50 μg/ml têm uma elevada atividade antioxidante, enquanto amostras com um IC50 entre 50 e 100 μg/ml podem ser considerados como tendo uma moderada atividade antioxidante. No caso do ensaio da ferrozina, os melhores valores foram encontrados para o fungo em mistura com plantas medicinais, em particular para o extrato etanólico (IC50= 163,7 ± 3,1 μg/mL). Os valores de FRAP medem a redução do ião Fe3+ em Fe2+ por doação de eletrões para a amostra. O extrato mais ativo foi o etanólico de L. lauri isolado (1,44% para a maior concentração testada, de 500 μg/mL), seguido do extrato aquoso isolado de L. lauri (1,01% para a maior concentração testada, de 500 μg/mL). Quanto aos valores encontrados para o teor de compostos fenólicos totais, os maiores teores foram observados para os extratos de L. lauriisolado (268,0 ± 17,3 mg GAE/g e 139,4 ± 26,2 mg GAE/g para o extrato aquoso eetanólico, respetivamente). Os maiores teores de compostos fenólicos corresponderam aos extratos com melhor atividade antioxidante no ensaio do DPPH e no ensaio do FRAP. Muitos estudos têm vindo a demonstrar que os fungos podem ser importantes fontes de moléculas com atividade antioxidante. No entanto, mais estudos são necessários para a determinação de todos os compostos responsáveis por essa ação, assim como estudos in vivo e ensaios clínicos.porAtividade antioxidanteFungoLaurobasidium lauriMadre-de-louroPlantas medicinaisAtividade antioxidante de diferentes extratos do fungo Laurobasidium lauri isolado e em mistura com plantas medicinaisconference object