Morais, Carminda SoaresSantos, Helena Isabel Melo dos2018-03-232018-03-232017-07http://hdl.handle.net/10400.22/11233A Diabetes Mellitus (DM) é uma doença crónica com uma prevalência cada vez mais significativa, elevado consumo de cuidados de saúde, com graves complicações e custos financeiros diretos e indiretos muito elevados. Associado a este facto, a eficiência conquistada ao nível do tratamento da doença aguda pelos Sistemas de Saúde na última década não se verifica no tratamento de doenças crónicas como esta, o que demonstra a necessidade da implementação de intervenções efetivas ao nível da capacitação e empoderamento do utente. Neste sentido, este estudo de natureza exploratória, descritivo-correlacional, tem como objetivo geral contribuir para uma melhor adequação da ação de combate e prevenção da diabetes bem como a redução dos custos inerentes, a partir da evidência produzida através do estudo da relação entre os conhecimentos da pessoa diabética sobre a sua patologia, a sua capacidade de controlo e qualidade de vida em saúde. Para este efeito, aplicou-se a uma amostra de 377 pessoas com diabetes tipo 2, acompanhadas na Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP), um questionário de caracterização sociodemográfica e clínica e a versão portuguesa do Diabetes Knowledge Test (DKT), Diabetes Empowerment Scale (DES-SF) e EuroQol-5Dimensions-5Levels (EQ-5D-5L). Os resultados demonstram em termos sociodemográficos o predomínio do sexo masculino (54%), com ensino básico (56%), elevado suporte social e idade média de 64,5 ± 11,3 anos. Do ponto de vista clínico, os participantes apresentaram valores médios ± dp de Hemoglobina Glicada (HbA1c) e IMC de 8,2±1,5 e 29,44±8,03 respetivamente. A maioria dos participantes apresenta também HTA (57,8%) e complicações da DM (57,4%). No que se refere ao empoderamento, conhecimentos e qualidade de vida obtiveram-se os índices médios ± dp de 3,75±1,16 (DES-SF), 60,10±17,49 (DKT) e de 0,80±0,22 (EQ-5D-5L). Verificamos uma correlação positiva entre os três constructos em estudo. Constataram-se diferenças estatisticamente significativas entre o empoderamento (DES-SF) e a qualidade de vida (EQ-5D-5L) e a HbA1c (t=5,86, p<0,001) e (t=2,33, p<0,05) respetivamente e entre os mesmos constructos e a prática de exercício físico respetivamente de (t=-4,82, p<0,001) e (t=-5,85, p<0,001). Foram ainda encontradas diferenças estatisticamente significativas entre os conhecimentos (DKT) e a idade (t=3,99, p<0,001) e as habilitações literárias (t=-6,75, p<0,001). As conclusões encontradas sugerem a necessidade de desenvolver estratégias mais eficientes de capacitação da pessoa diabética tipo 2 para o autocuidado diário que esta patologia implica, promovendo assim uma melhor qualidade de vida e retardamento de complicações.porDiabetes Tipo 2Qualidade de vidaCapacitaçãoAutocuidadoAvaliação de conhecimentos, empoderamento e qualidade de vida em pessoas com diabetes tipo 2master thesis201888912