Ribeiro, Carla2018-05-092018-05-092016-11-11http://hdl.handle.net/10400.22/11559Em 1936, ano do I Congresso Nacional de Turismo, este sector da vida portuguesa era assunto de vivo interesse e aceso debate. Reclamava-se então, para que Portugal se tornasse um país turístico, um comando superior e único, que caberia ao Estado, como animador e orientador máximo. Uma das conclusões do Congresso foi neste sentido, a de que seria necessário criar um organismo único de carácter administrativo e técnico com poder, autonomia e dotação orçamental, que deveria ficar adstrito à Presidência do Conselho. Em 1939, estas exortações tornavam-se finalmente realidade: o decreto nº 30 251, de 30 de dezembro, providenciou a passagem, a partir de 1 de janeiro de 1940, das competências em matéria de turismo para o Secretariado de Propaganda Nacional (SPN), então dirigido por António Ferro, antigo escritor e jornalista, agora dono e senhor do órgão da propaganda nacional. Que ideias tinha Ferro para o sector do Turismo? Que iniciativas desenvolveu neste âmbito? O que sobrou da perspetiva de Ferro? Estas são algumas das questões a que se procurará dar resposta, partindo da tese de que as narrativas e os imaginários turísticos elaborados por Ferro constituem heranças poderosas para o atual setor turístico nacional: os “ícones da Nação estadonovista” identificados e utlizados pelo diretor do SPN continuam a ser os mesmos, ainda que revestidos de uma roupagem de acordo com os gostos, as cores e as linhas estéticas deste século.porTurismoAntónio FerroSecretariado de Propaganda NacionalEstado NovoTurismo em Portugal. E se António Ferro não tivesse existido?conference object