Machado, Pilar Alexandra BaylinaNeto, Marlene Beatriz Sobral2021-02-242021-02-242021-01http://hdl.handle.net/10400.22/17118A crescente competição entre organizações, potenciado pelo avançar do desenvolvimento tecnológico assim como com o aumento das exigências face a cuidados de saúde qualidade, potencia uma real preocupação entre todas as partes interessadas a desenvolverem medidas de prevenção para minimizar possíveis falhas. Surge assim, pela primeira vez em 2009, a norma ISSO 31000 com o objetivo de fornecer diretrizes e estabelecer requisitos sobre a gestão do risco enfrentados pelas organizações de todos os setores de atividade, incluindo a saúde (Goodrum & Varkey, 2017). A melhor forma de prevenir erros por parte dos profissionais de saúde consiste em identificar o erro e as suas causas, podendo desta forma intervir para impedir que volte a ocorrer ou mesmo prevenir para que alguma vez aconteça (Dastjerdi, Khorasani, Yarmohammadian& Ahmadzade, 2017). Para ajudar a operacionalizar estas diretrizes surge, entre outras, a ferramenta Healthcare Failure Mode and Effect Analysis (HFMEA), que permite avaliar de modo sistemático os pontos críticos nos processos classificando-os de acordo com a severidade dos efeitos potenciais de suas falhas e com a sua probabilidade de ocorrência, permitindo priorizar os riscos a serem controlados. Assim, a aplicação destas ferramentas passa a exigir às organizações hospitalares a promoção e melhoria da cultura de segurança, onde os profissionais tenham uma perceção ativa da ocorrência dos erros e incidentes. Torna-se necessário transformar a segurança do doente em prioridade estratégica nas organizações hospitalares, por entender que segurança é investimento, focando em medidas de prevenção de resposta não punitiva ao erro, notificação direcionado para o aprendizado organizacional, dimensionamento de pessoal adequado e participação ativa dos gestores (Fassarela, 2016). A cultura de segurança pode ser avaliada internacionalmente através de diversos instrumentos e ferramentas. No entanto, o instrumento Hospital Survey on Patient Safety Culture (HSOPSC) apresenta uma vasta utilização em diversos países, inclusive com tradução e validação para Portugal (Eiras, Escoval, Grillo, & Silva, 2014). Este estudo propõe uma abordagem quantitativa, transversal e comparativa entre duas organizações hospitalares portuguesas com o objetivo de avaliar a cultura de segurança do doente e os processos de notificação, análise e prevenção de incidentes existentes nas instituições, com vista a transformar a segurança do doente em uma prioridade estratégica organizacional.porQualidade em saúdeGestão do RiscoSegurança do doenteCultura da SegurançaGestão de Risco e avaliação da cultura de segurança do utente no contexto hospitalarmaster thesis202637255