Oliveira, Paulo Antero Alves dePires, Maria Manuela Ribeiro2025-04-112025-04-1120242024http://hdl.handle.net/10400.22/29965Contexto: De acordo com a Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho, os riscos psicossociais relacionados com o trabalho são atualmente uma das grandes ameaças para a segurança e saúde dos trabalhadores, como é o caso do setor da construção civil, e decorrem de deficiências na conceção, organização e gestão do trabalho, bem como de um contexto social de trabalho problemático, podendo ter efeitos negativos a nível psicológico, físico e social. Objetivos: O presente trabalho pretende estudar os riscos psicossociais a que os Coordenadores de Segurança em Obra (CSO) estão expostos no desempenho das suas funções de coordenação. Como objetivos secundários pretende-se caraterizar a população de estudo tendo por base as variáveis sociodemográficas e profissionais, analisar diferenças da exposição aos riscos psicossociais entre variáveis sociodemográficas, analisar o nível de satisfação dos CSO numa perspetiva de relacionar o equilíbrio vida pessoal versus vida profissional e por fim elaborar uma proposta de um guia com boas práticas e recomendações com vista a mitigar a exposição destes trabalhadores aos riscos psicossociais no exercício das funções de coordenação. Metodologia: Foi realizado um estudo de investigação por survey com a recolha de dados através do questionário COPSOQ II - versão média já validado para este tipo de estudo na população portuguesa. Este foi aplicado a um grupo de 44 Coordenadores de Segurança em Obra a nível nacional (Portugal continental). Resultados e Discussão: Com o estudo realizado pode-se constatar que os coordenadores de segurança em obra, tendo em conta o grupo de participantes do estudo, estão expostos durante a sua atividade a diversos fatores de riscos psicossociais, sendo estes potenciadores de desequilíbrios ao nível da saúde física e mental, e também ao nível do contexto social. Constatou-se também, através de análise estatística para os diferentes fatores de risco psicossociais, que existe uma maior exposição a este tipo de fatores em função da região de atuação e do estado civil dos participantes do estudo. Conclusões: Deste modo, é essencial reconhecer a presença destes fatores de risco no quotidiano profissional dos CSO para que se possam implementar medidas de forma a mitigar/eliminar estes riscos aquando o exercício das funções de coordenação, contribuindo assim para o bem-estar destes trabalhadores a nível físico, social e mental. Perspetiva-se ainda que futuramente as organizações tenham uma melhor capacidade de compreender a importância da realidade da presença dos riscos psicossociais no local de trabalho, e que possam assumir estratégias de boas práticas para prevenir este tipo de riscos.Background: According to the European Agency for Safety and Health at Work, work-related psychosocial risks are currently one of the greatest threats to the safety and health of workers, as is the case in the construction sector, and stem from deficiencies in the design, organisation and management of work, as well as a problematic social work context, which can have negative psychological, physical and social effects. Objectives: This work aims to study the psychosocial risks to which Construction Site Safety Coordinator (CSSC) are exposed in the performance of their coordination functions. The secondary objectives are to characterise the study population based on sociodemographic and professional variables, to analyse differences in exposure to psychosocial risks between sociodemographic variables, to analyse the level of satisfaction of CSSC from a perspective of relating personal versus professional life balance, and finally drafting a proposal for a guide with good practices and recommendations with a view to mitigating the exposure of these workers to psychosocial risks when performing their coordination functions. Methodology: A survey research study was carried out with data collection through the COPSOQ II questionnaire - medium version already validated for this type of study in the Portuguese population. This was applied to a group of 44 Construction Safety Coordinators at a national level (mainland Portugal). Results and Discussion: The study showed that site safety coordinators, taking into account the group of participants in the study, are exposed during their work to several psychosocial risk factors, which can lead imbalances in physical and mental health, as well as in the social context. It was also found, through statistical analysis for the different psychosocial risk factors, that there is greater exposure to this type of factors depending on the region of activity and the marital status of the study participants. Conclusions: Conclusions: Therefore, it is essential to recognize the presence of these risk factors in the daily professional life of CSSC so that measures can be implemented to mitigate/eliminate these risks when performing coordination functions, thus contributing to the well-being of these workers at a physical, social and mental level. It is also expected that in the future, organizations will have a better capacity to understand the importance of the reality of the presence of psychosocial risks in the workplace, and that they can adopt good practice strategies to prevent this type of risk.porRiscos psicossociaisConstrução civilCoordenadores de segurançaPrevençãosaúde mentalEstudo dos riscos psicossociais ao nível dos Coordenadores de Segurança em Obramaster thesis203897544