Ribeiro, Carla2016-12-202016-12-202016978-989-98215-4-5http://hdl.handle.net/10400.22/8920Assumindo como princípio basilar que a conexão entre o campo cultural e o poder político é uma constante na maioria dos regimes, democráticos, autoritários/ totalitários, liberais, pode encarar-se esta relação em dois sentidos opostos: a arte como reflexo da ideologia de uma classe/elite dominante, que serve como obliteradora de discursos alternativos, funcionando a um tempo como instrumento de conhecimento e de construção da realidade, ou a arte como a entendia Theodor Adorno, como um poder de pressão, como uma forma de resistência, como um contra-poder. Inscrito na esfera cultural, enquanto agente da História, o cinema desde muito cedo que se apresentou como uma “arma” nas mãos dos regimes políticos. No caso da sua utilização por Estados de ideologia única, o cinema tem mesmo servido para produzir uma história institucional, a “sua história”. Esta comunicação pretende ser uma reflexão sobre a instrumentalização propagandística do discurso cinematográfico, através da comparação entre o regime de Franco, em Espanha, e do Estado Novo, em Portugal, entre as décadas de 1930 e 1950, procurando em concreto apreender o poder que para António Ferro (diretor do Secretariado de Propaganda Nacional, órgão que superintendia o cinema português) e para Manuel García Viñolas (diretor do Departamento Nacional de Cinematografia Espanhola) o cinema conquistou e a (s) forma (s) como foi utilizado.porCinemaRegime FranquistaEstado NovoPropagandaO cinema nos regimes autoritários: estudo comparativo dos casos espanhol e portuguêsconference object